Permanência estudantil e autonomia universitária: a questão do SiSU no contexto de uma universidade estadual do interior da Bahia

AUTOR(ES)
FONTE

Avaliação (Campinas)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-04

RESUMO

Dentre as vinte e uma estratégias expressas no Plano Nacional de Educação (PNE) para a consecução da meta 12, a estratégia 12.5 associa a ampliação da política de permanência estudantil na educação superior com as políticas de acesso, inclusão, ações afirmativas e assistência estudantil, como forma de garantir o sucesso acadêmico aos estudantes desse nível de ensino. À luz dessa estratégia, o presente estudo tem como objetivo analisar a política de permanência estudantil adotada por uma universidade estadual do interior da Bahia diante do contexto de adesão ao Sistema de Seleção Unificada (SiSU), uma política de acesso externa à universidade e de abrangência nacional. Para tanto, o percurso metodológico constituiu-se de revisão bibliográfica, pesquisa documental e pesquisa de campo, cujos dados e informações levantados foram sistematizados e analisados por meio da técnica denominada análise de conteúdo. Dentre os resultados obtidos, constatou-se que, o acesso às políticas de permanência estudantil ainda é restrito, burocrático e tem pouca visibilidade na instituição, tendo em vista a existência de um perfil socioeconômico discente extremamente demandante. Contudo, a adesão a políticas atreladas à bandeira da democratização do acesso ao ensino superior, como forma de angariar recursos financeiros para a execução das ações de permanência estudantil na universidade, traz consigo a seguinte inquietação: o que é democratizar numa lógica em que ainda se faz necessário um processo de seleção para segregar? Esta é uma questão que, sem dúvida, não se esgotará neste estudo.

Documentos Relacionados