Períodos de parição e taxa de prenhez em vacas de corte / Calving periods and pregnancy rate in beef cattle

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

O presente trabalho contextualiza a importância dos efeitos do histograma de partos (HP) e da subépoca de parição (SP) sobre o desempenho reprodutivo de vacas de corte. O primeiro trabalho avaliou o efeito do histograma de parição sobre a taxa de prenhez (TP) de 1.314 vacas de corte primíparas e 4.519 multíparas Hereford em campo nativo de uma criação comercial, no período de 1997 a 2004. As taxas de prenhez foram analisadas pelo método estatístico Quiquadrado. Houve efeito significativo (P<0,05) entre os anos em relação à TP. Os HP do rebanho avaliado estão distantes do modelo ideal. A ocorrência de limitações climáticas no acasalamento diminuiu a taxa de prenhez, contudo o efeito foi de menor magnitude quando o HP foi mais concentrado nos primeiros 42 dias. As vacas primíparas apresentaram histogramas com grande concentração de partos no início da estação, e foram menos sensíveis às adversidades climáticas do que as multíparas. O segundo trabalho analisou o efeito da subépoca de parição sobre a taxa de prenhez de 7.726 vacas de corte multíparas Hereford mantidas em campo natural no Sul do Brasil, entre os anos 1994 e 2007. As subépocas foram divididas em intervalos de 20 dias: de 12 a 31 de agosto (S1), de 01 a 20 de setembro (S2), 21 de setembro a 10 de outubro (S4), e 01 a 20 de novembro (S5). Foram analisados os partos ocorridos na subépoca de parição e taxa de prenhez pelo Quiquadrado. A média geral de cada subépoca foi 92,7% (S1), 90,6% (S2), 82,1% (S3), 77,7% (S4) e 70,6% (S5) respectivamente. Houve efeito significativo (P<0,05) da subépoca de partos em relação à taxa de prenhez. As vacas que pariram nas primeiras subépocas apresentaram maiores taxas de prenhez em relação às que pariram a partir da quarta subépoca. No entanto, esta diferença não esteve presente nos anos de 1999 e 2007, onde as taxas de prenhez não diferiram estatisticamente nas cinco subépocas. Os anos de 1998 e 2004 foram anos de menores taxas de prenhez, e os efeitos da SP sobre a TP foram de maior magnitude, os quais podem ser atribuídos a possíveis variações climáticas. Baseado nos resultados observase que, de modo geral, um rebanho com histograma de parição próximo ao teórico ideal, não assegura uma alta taxa de prenhez no ano subseqüente. Por outro lado, as taxas de prenhez diminuem com o avanço da data de parto dentro do ano, particularmente nos anos de eventos climáticos desfavoráveis ao crescimento do pasto.

ASSUNTO(S)

produção animal reprodução animal gado de corte

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