Perfil microbiológico e de resistência antimicrobiana no pé diabético infectado

AUTOR(ES)
FONTE

J. vasc. bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-12

RESUMO

Introdução:As infecções no pé diabético são um problema de difícil solução, que costumam exigir internação hospitalar e expõem os pacientes ao risco de amputações. Determinar os patógenos mais prevalentes auxilia na escolha de antimicrobianos, podendo reduzir mutilações.Objetivo:Determinar o perfil microbiológico e a resistência a antimicrobianos em uma série de pacientes com pé diabético infectado.Material e métodos:estudo epidemiológico, retrospectivo e descritivo, através da análise de prontuários de pacientes diabéticos, com lesões plantares, submetidos a tratamento cirúrgico, num período de 24 meses, em um hospital público. Foram coletados dados referentes a idade, sexo, tempo de internamento, cultura da lesão, antimicrobianos utilizados, resistência bacteriana e cirurgias realizadas, com análise estatística da média e desvio padrão.Resultados:Em 66 internações de pacientes diabéticos, na maioria de idosos (77%), o tempo de internação variou de 02 a 29 dias, com média de 12,42; exigiram-se 91 procedimentos cirúrgicos, resultando algum tipo de amputação em 65% dos casos. O grupo de bactérias mais frequente foi das enterobactérias (47%), seguido por estafilococos (27%). Três pacientes (4,5%) apresentaram germes multirresistentes. Dentre os antimicrobianos utilizados, a clindamicina foi o que apresentou resistência no maior número de vezes, em 39 internações (59%), seguido da cefalexina, em 24 internações (36%).Conclusões:As infecções no pé diabético estiveram mais relacionadas a germes encontrados na comunidade, em especial os enterococcus. A resistência bacteriana foi bastante ampla, sendo mais comumente associada a drogas de uso oral, em particular clindamicina e cefalexima.

ASSUNTO(S)

pé diabético farmacorresistência bacteriana complicações do diabetes

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