Perfil epidemiológico da malária no Estado do Tocantins, Brasil, no período 2003 a 2008
AUTOR(ES)
Parise, Éldi Vendrame, Araújo, Gessi Carvalho de, Castro, José Gerley Diaz, Berdarrain, Fernando Pedroso
FONTE
Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-06
RESUMO
Este estudo descreve o perfil epidemiológico da malária no Estado do Tocantins, no período 2003 a 2008, investiga a associação entre a frequência da malária e o crescimento populacional, classifica os casos por autóctone e importada, relaciona os índices da doença e analisa a distribuição dos casos por espécie de Plasmodium, faixa etária e gênero. O estudo retrospectivo baseou-se em dados secundários, armazenados no SIVEP-malária e analisados através dos Softwares Epi-Info 3.5.1. e Bioestat 5.0. Foram investigadas 19.004 amostras para malária, sendo 19% positivas; 73,32% por Plasmodium vivax, 21,80% por Plasmodium falciparum, 4,79% por infecções mistas e 0,08% por Plasmodium malariae. Os indivíduos masculinos representaram 76,95% e predominaram em todos os anos e faixas etárias, principalmente naqueles de 15 a 49 anos. Do total de casos, 34,27% tiveram origem autóctone e 65,73% importado (χ2 = 356,8; p = 0,0001). A frequência da malária reduziu de forma significativa durante toda série histórica (r p = 0,96; p = 0,002) e, concomitantemente, reduziram os municípios com transmissão autóctone. Constatou-se que a malária é predominantemente importada, relacionada às atividades de campo, que confirma a necessidade de manter medidas efetivas de vigilância em todo Estado e aprimorar ações educativas no sentido de orientar a população na busca pelo atendimento precoce.
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