Perfil e prevalência de queixa auditiva em idosos
AUTOR(ES)
Bauer, Magda Aline, Zanella, Ângela Kemel, Gomes Filho, Irênio, Carli, Geraldo de, Teixeira, Adriane Ribeiro, Bós, Ângelo José Gonçalves
FONTE
Braz. j. otorhinolaryngol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-10
RESUMO
Resumo Introdução: A audição é essencial para o processamento de eventos acústicos e emissão e compreensão dos sinais de fala. A perda auditiva pode estar associada ao declínio cognitivo, à depressão e à redução da funcionalidade. Objetivo: Analisar a prevalência de queixa auditiva em idosos do Rio Grande do Sul e descrever o perfil dos participantes com e sem queixa auditiva. Método: Participaram do estudo 7.315 idosos entrevistados em suas residências, em 59 cidades gaúchas. Os critérios de inclusão adotados foram ter 60 anos ou mais e terem respondido à questão sobre autopercepção auditiva. Para fins estatísticos foi realizado o teste Qui-quadrado e regressão logística para avaliar as correlações entre as variáveis. Resultados: Foram excluídos 139 idosos sem resposta à autopercepção auditiva e nove por autorreferirem surdez (7.167 participantes). A frequência de queixa de perda auditiva foi de 28% (2011) dos idosos, apresentou diferença entre gêneros, etnia, renda, participação social. A média de idade dos idosos sem queixa auditiva foi de 69,44 (± 6,91) e com queixa 72,8 (± 7,75) anos. Os idosos sem queixa auditiva apresentaram 5,10 (± 3,78) anos de estudo comparados com 4,48 (± 3,49) anos dos com queixa. A regressão logística múltipla observou que foram fatores protetores para a queixa auditiva maior escolaridade, contribuir na renda familiar e ter recebido atendimento de saúde nos últimos seis meses. Fatores de risco para a queixa auditiva foram idade mais avançada, sexo masculino, apresentar dificuldade de sair de casa e realizar atividades sociais. Conclusões Na população idosa do Rio Grande do Sul a prevalência de queixa auditiva atingiu 28%. A queixa está mais presente em idosos homens, sem participação na renda familiar, não receberam atendimento de saúde, tinham atividade social e comunitária, com menor escolaridade e maior idade.
ASSUNTO(S)
perda auditiva estudo epidemiológico idoso
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