Perfil do trauma ocular pediátrico no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), Brasília, Brasil
AUTOR(ES)
Rohr, Juliana Tessari Dias, Santos, Procópio Miguel dos, Santos, Regina Candido Ribeiro dos, Vieira, Camila Viana, Fé, Lylian Moura, Solano, Rodrigo Luis, Reis, Túlio Frade, Leão, Marcell de Oliveira, Guimarães, Vinícius da Costa
FONTE
Rev. Assoc. Med. Bras.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2016-07
RESUMO
Resumo Objetivo: descrever o perfil epidemiológico do trauma ocular infantil na urgência do HBDF. Método: estudo transversal, descritivo. Avaliaram-se 103 casos de trauma ocular em menores de 15 anos entre julho de 2012 e janeiro de 2013, por meio de aplicação de questionário semiestruturado disponível online: idade, sexo, presença de supervisão, mecanismo, tipo do trauma, local e hora, sítio e natureza da injúria, acuidade visual, necessidade de internação e/ou cirurgia, tipo de cirurgia, escolaridade materna e renda familiar. Resultados: a média de idade dos pacientes analisados foi 7,5 anos. Os meninos (68%) predominaram em todas as faixas etárias. O trauma fechado prevaleceu (55,3%), seguido do aberto (20%). A maioria dos casos ocorreram em casa, no período de 14 às 20 horas. As causas mais comuns foram: madeira, pedra, bicicleta, caco de vidro e quedas. A córnea foi acometida em 54%. A acuidade visual foi ≥20/40 em 68,9%. Indicou-se sutura primária da parede em 70,37% (p-valor=0,022). O trauma mais grave (p-valor=0,005) e que mais necessitou de intervenção (p-valor=0,000) foi o aberto. As injúrias ocorreram, apesar da presença de supervisão de um adulto, em 54% (p-valor=0,002). Os traumas mais graves predominaram entre 7-15 anos (p-valor=0,001). Conclusão: o trauma ocular infantil foi mais frequente nos meninos. Os mecanismos de lesão são os mais diversos e predominaram no domicílio. O trauma fechado prevaleceu; porém, o maior impacto visual decorreu do trauma aberto. São necessários programas de prevenção e educação em trauma ocular infantil.
ASSUNTO(S)
fatores de risco serviço hospitalar de emergência, lesões oculares criança epidemiologia
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