Perfil do obeso classe III do ambulatório de obesidade de um hospital universitário de Salvador, Bahia
AUTOR(ES)
Porto, Marcus C. Vaz, Brito, Itana Coutinho, Calfa, Andréa Dalva F., Amoras, Martha, Villela, Nilze Barreto, Araújo, Leila Maria B.
FONTE
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2002-12
RESUMO
Foram avaliados retrospectivamente 316 obesos classe III (91% mulheres), consecutivamente atendidos num ambulatório de obesidade de um hospital universitário em Salvador, Bahia, durante oito anos. A idade média±DP dos pacientes foi de 37±10 anos e o índice de massa corpórea (IMC) de 47±6kg/m2. Metade deles apresentava obesidade desde a infância ou puberdade e 82% tinha história familiar de obesidade. Hipertensão arterial foi constatada em 66%, diabetes mellitus em 13,9%, intolerância à glicose em 16,8%, aumento dos níveis de colesterol total e triglicérides ( > ou = 200mg/dl) em 33,5% e 8%, respectivamente, HDL-colesterol baixo (<40mg/dl) em 39,9% e LDL-colesterol elevado ( > ou = 100mg/dl) em 66,7%. Após tratamento com dieta hipocalórica e aumento da atividade física, observou-se perda de peso maior ou igual a 5 e10% em relação ao peso inicial, em 60 (26,6%) e 28 (12,4%) dos 225 pacientes que retornaram a consulta, num período médio de 20±17 meses. Concluindo, a obesidade classe III é uma doença de difícil tratamento e de elevada freqüência de fatores de risco cardiovascular mesmo em pacientes jovens.
ASSUNTO(S)
obesidade classe iii obesidade mórbida complicações metabólicas hipertensão arterial risco cardiovascular perda de peso
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