Perfil de risco de reestenose em pacientes submetidos a implante de stents coronarianos convencionais

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

INTRODUÇÃO: O perfil de risco de reestenose de populações tratadas com implante de stents coronarianos em nosso meio não é conhecido. Essa informação tem importância na decisão de incorporar uma estratégia seletiva de implante de stents farmacológicos pelo sistema público de saúde. OBJETIVOS: Avaliar o risco de reestenose antes do procedimento de uma população de pacientes tratados com stents coronarianos convencionais. MÉTODO: Estudo observacional de corte transversal, com 4.482 pacientes tratados com 5.336 stents, no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2007. O risco de reestenose foi avaliado conforme escore previamente validado, com pontuação de 0 a 5 conforme a presença de diabetes melito (1 ponto), o diâmetro de referência do vaso tratado (< 3 mm = 2 pontos, 3-3,5 mm = 1, e > 3,5 mm = 0) e a extensão da lesão (> 20 mm = 2 pontos, 10-20 mm = 1, e < 10 mm = 0). RESULTADOS: A média de idade foi de 60,6 ± 10,6 anos e 32% dos pacientes eram do sexo feminino. O diâmetro de referência do vaso tratado foi de 3,10 ± 0,51 mm, a extensão da lesão foi de 13,2 ± 5,9 mm e 20% dos pacientes apresentavam diabetes melito. A distribuição dos pacientes conforme os pontos no escore de reestenose foi a seguinte: escore 0 = 4% dos pacientes; escore 1 = 22%; 2 = 34%; 3 = 29%; 4 = 9%; e escore 5 = 1% dos pacientes. CONCLUSÃO: A maioria dos pacientes apresentou risco de reestenose baixo ou intermediário. A adoção de stents farmacológicos somente naqueles com alto risco de reestenose representaria seu uso em no máximo 20% dos procedimentos realizados atualmente.

ASSUNTO(S)

contenedores reestenose coronária angioplastia

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