Perfil de risco de reestenose em pacientes submetidos a implante de stents coronarianos convencionais
AUTOR(ES)
Quadros, Alexandre Schaan de, Gottschall, Carlos A. M., Fabiane, Diemer, Diehl, Dayane, Sarmento-Leite, Rogério, Rodrigues, Ana Paula da Rosa, Vizzotto, Mateus D., Camozzatto, Fernanda, Martins, João M. P., Rodrigues Junior, La Hore Corrêa, Sassi, Giana, Modkovski, Thais B.
FONTE
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
INTRODUÇÃO: O perfil de risco de reestenose de populações tratadas com implante de stents coronarianos em nosso meio não é conhecido. Essa informação tem importância na decisão de incorporar uma estratégia seletiva de implante de stents farmacológicos pelo sistema público de saúde. OBJETIVOS: Avaliar o risco de reestenose antes do procedimento de uma população de pacientes tratados com stents coronarianos convencionais. MÉTODO: Estudo observacional de corte transversal, com 4.482 pacientes tratados com 5.336 stents, no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2007. O risco de reestenose foi avaliado conforme escore previamente validado, com pontuação de 0 a 5 conforme a presença de diabetes melito (1 ponto), o diâmetro de referência do vaso tratado (< 3 mm = 2 pontos, 3-3,5 mm = 1, e > 3,5 mm = 0) e a extensão da lesão (> 20 mm = 2 pontos, 10-20 mm = 1, e < 10 mm = 0). RESULTADOS: A média de idade foi de 60,6 ± 10,6 anos e 32% dos pacientes eram do sexo feminino. O diâmetro de referência do vaso tratado foi de 3,10 ± 0,51 mm, a extensão da lesão foi de 13,2 ± 5,9 mm e 20% dos pacientes apresentavam diabetes melito. A distribuição dos pacientes conforme os pontos no escore de reestenose foi a seguinte: escore 0 = 4% dos pacientes; escore 1 = 22%; 2 = 34%; 3 = 29%; 4 = 9%; e escore 5 = 1% dos pacientes. CONCLUSÃO: A maioria dos pacientes apresentou risco de reestenose baixo ou intermediário. A adoção de stents farmacológicos somente naqueles com alto risco de reestenose representaria seu uso em no máximo 20% dos procedimentos realizados atualmente.
ASSUNTO(S)
contenedores reestenose coronária angioplastia
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