Perfil de pacientes portadores de tumores estromais gastrointestinais (GIST)

AUTOR(ES)
FONTE

ABCD, arq. bras. cir. dig.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-06

RESUMO

RACIONAL: O tratamento do GIST tem se aprimorado muito na última década através das pesquisas biomoleculares e o uso adjuvante dos inibidores das tirosinas quinases. Entretanto, nos hospitais públicos brasileiros nem sempre são disponíveis tais ferramentas. OBJETIVO: Avaliar o perfil dos pacientes portadores de GIST em hospital público oncológico. MÉTODOS: Análise retrospectiva de todos os casos de GIST tratados no período de 2001 a 2013. RESULTADOS: Analisaram-se 69 pacientes, com média de idade de 59 anos e com discreto predomínio no sexo feminino (51%). A principal forma de apresentação clínica foi dor abdominal associada com achado de exame de imagem. A ocorrência de outra neoplasia associada foi de 28,8%. A positividade do CD117 foi de 97,1%. A localização mais frequente foi o estômago em 55,1%. A ressecção R0 foi possível em 63,8% dos casos e a taxa de recidiva foi de 20,3%, sendo fígado e peritôneo os sítios principais acometidos. A sobrevida global na amostra toda foi de 71%. A taxa de sobrevida livre de doença foi de 64%. A utilização do imatinibe ficou restrita aos pacientes com doença residual (ressecção R2, R1 ou metastáticos), irressecáveis ou com recidiva. CONCLUSÃO: Afim de aprimorar o tratamento do GIST é necessário acrescentar a análise biomolecular à estratificação de risco. Porém, para que isto ocorra, políticas de incentivo e fomento na pesquisa biomolecular são necessárias, ampliando a possibilidade de sobrevida dos pacientes.

ASSUNTO(S)

tumores do estroma gastrointestinal taxa de sobrevida fatores de risco cirurgia

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