Perfil, características clínicas e resposta a corticoides das doenças glomerulares em uma população brasileira. Um estudo transversal analítico
AUTOR(ES)
Queiroz, Anaiara Lucena, Barreto, Dulce Maria Sousa, Silva Junior, Geraldo Bezerra da, Tavares Neto, José Edísio da Silva, Costa, Francisco Israel, Patrocínio, Régia Maria do Socorro Vidal, Daher, Elizabeth De Francesco, Almeida, Paulo Roberto Carvalho de
FONTE
Sao Paulo Med. J.
DATA DE PUBLICAÇÃO
28/11/2014
RESUMO
CONTEXTO E OBJETIVO: Registros de glomerulopatias estão aumentando em todo o mundo. O objetivo deste estudo é avaliar as características clínicas e a resposta do tratamento de pacientes com glomerulopatias acompanhados em um hospital terciário no Brasil. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo transversal analítico. Hospital público terciário. MÉTODOS: O estudo incluiu pacientes com glomerulopatias acompanhados em um hospital terciário de Fortaleza, Ceará, Brasil. Foi realizado registro dos dados clínicos e laboratoriais para cada paciente. A resposta ao tratamento específico foi avaliada após 3, 6 e 12 meses. RESULTADOS: Foram incluídos 168 pacientes, com média de idade de 37 ± 14 anos. A glomerulopatia mais prevalente foi a glomerulosclerose segmentar e focal GESF] (19,6%), seguida pela doença de lesão mínima DLM] (17,9%), nefropatia membranosa NM] (16,7%) e nefrite lúpica NL] (11,9%). As principais manifestações clínicas foram proteinúria nefrótica (67,3%) e insuficiência renal (17,9%). A média dos valores de proteinúria diminuiu após o início do tratamento. Com relação à proteinúria de 24 horas na admissão, não houve diferença significativa entre os pacientes com boa resposta ao tratamento e aqueles sem resposta (7.448 ± 5.056 versus 6.448 ± 4.251 mg/24 h, P = 0,29). A doença com maior índice de remissão foi a DLM (92%). A ausência de fibrose intersticial apresentou forte correlação com a remissão (remissão em pacientes sem fibrose = 83,4% versus 16,3% naqueles com fibrose, P = 0,001). CONCLUSÕES: O presente estudo encontrou como glomerulopatia mais frequente a GESF, seguida da DLM, NM e NL. A presença de fibrose intersticial foi um preditor de pobre resposta terapêutica.
ASSUNTO(S)
glomerulonefrite proteinúria insuficiência renal terapêutica taxa de filtração glomerular
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