Perda da sensibilidade de Corynespora cassiicola, isolado de soja, ao fungicida carbendazim

AUTOR(ES)
FONTE

Summa phytopathol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-09

RESUMO

A mancha alvo da soja, causada pelo fungo Corynespora cassiicola, é controlada principalmente pela aplicação foliar de fungicidas. Nas últimas safras, na região Centro-Oeste, verificou-se a baixa eficiência do controle químico da doença. Levantou-se a hipótese de que a falha de controle poderia ser atribuída à redução ou perda da sensibilidade do fungo aos fungicidas. Para esclarecer o fato, experimentos foram realizados para determinar a sensibilidade miceliana, in vitro, de cinco isolados de C. cassiicola a fungicidas. O crescimento miceliano foi avaliado pelo crescimento do micélio no meio de cultura, em placas de petri. O meio de batata-sacarose-ágar foi suplementado com concentrações de 0; 0,01; 0,1; 1; 10; 20 e 40 mg/L dos ingredientes ativos carbendazim, ciproconazol, epoxiconazol, flutriafol e tebuconazol. O experimento foi conduzido e repetido por duas vezes em ambiente controlado, temperatura de 25 ± 2ºC e fotoperíodo de 12 horas, com quatro repetições. Os dados da porcentagem de inibição miceliana foram submetidos à análise de regressão logarítmica e calculada a concentração que inibe 50% do crescimento miceliano (CI50). A perda da sensibilidade ao carbendazim foi constatada para três isolados do fungo com CI50 > 40 mg/L. Para os cinco isolados, a CI50 para tebuconazol variou de 1,89 a 2,80 mg/L, para epoxiconazol de 2,25 a 2,91, para o ciproconazol de 9,21 a 20,32 mg/L e para o flutriafol de 0,77 a 2,18 mg/L. Na falta de informação da CI50 de referência determinada para isolados selvagens, os valores mais baixos gerados nesse trabalho podem ser utilizados como padrão para o monitoramento da sensibilidade do fungo.

ASSUNTO(S)

controle químico glycine max mancha alvo resistência a fungicidas

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