Percepção química de Grapholita molesta (Busck, 1916) (Lepidoptera: tortricidae) ao feromônio sexual e a voláteis de plantas hospedeiras / Chemical perception of Grapholita molesta (Busck, 1916) (Lepidoptera: tortricidae) to sexual pheromone and host plant volatiles

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

A mariposa-oriental, Grapholita molesta (Lep.: Tortricidae), se destaca como uma das principais pragas das culturas de rosáceas no Brasil. Durante a alimentação, as lagartas fazem galerias em brotos, ramos e frutos, prejudicando a produção comercial destes. Este trabalho teve como objetivo estudar a influência de voláteis de plantas hospedeiras e de fatores fisiológicos dos insetos na percepção química e no comportamento quimiotáxico da espécie, visando à otimização do monitoramento e do controle comportamental da praga. Foram avaliadas as respostas eletroantenográficas (EAG) e quimiotáxicas (olfatometria) de machos ao feromônio sexual sintético em diferentes idades, virgens e não virgens, e alimentados ou em jejum. No estudo da interação dos insetos com os voláteis de planta, foram elaborados extratos de broto, fruto verde e fruto maduro de macieira (Malus domestica, var. Gala) e pessegueiro (Prunus persicae, var. Chiripá), utilizados como estímulo sobre ambos os sexos, alimentados ou não, em EAG. O comportamento quimiotáxico em resposta ao extrato de broto de pessegueiro (EBP) foi observado em fêmeas e machos virgens e fêmeas não virgens. O efeito da interação entre o feromônio e os voláteis de planta hospedeira foi avaliado em machos. As respostas eletroantenográficas, em machos, não diferiram significativamente para os todos os fatores avaliados. No entanto, o comportamento quimiotáxico dos machos parece diminuir com o avanço da idade, sem variar em função do status de cópula ou da alimentação. A percepção eletrofisiológica de machos e fêmeas aos voláteis de planta não variou com a condição alimentar. Para ambos os sexos, o extrato de broto de pessegueiro foi o que gerou as maiores respostas eletrofisiológicas. O comportamento quimiotáxico ao EBP tende a ser maior em fêmeas não virgens. Na percepção eletrofisiológica houve efeito aditivo entre o atraente sexual e o EBP em antenas de machos. No entanto, os resultados comportamentais não corroboraram o observado em eletroantenografia. O conhecimento da interferência destes fatores em G. molesta, poderá auxiliar na interpretação dos resultados provenientes do campo, possibilitando maior adequação e confiabilidade na utilização do controle comportamental com o uso de infoquímicos.

ASSUNTO(S)

mariposa oriental praga de planta feromônio

Documentos Relacionados