Percepção e memória em Bergson: um questionamento acerca das críticas sartrianas à Matéria e memória

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

17/03/2011

RESUMO

Importante filósofo e pesquisador do século XX, Henri Bergson ganhou destaque não apenas por suas análises minuciosas da consciência e pelo novo sentido concedido a termos filosóficos já consagrados, mas também pela abordagem da noção de duração presente em suas principais obras, a qual é a base de muitas de suas concepções. Os escritos filosóficos de Bergson lhe renderam muita admiração e, ao mesmo tempo, muitas críticas, as quais, ao levantarem questões acerca de pontos fundamentais da filosofia bergsoniana, permitem debates que resultam em diversas pesquisas. Dentre as críticas mais destacadas, algumas se concentram no texto do filósofo Jean-Paul Sartre, intitulado A imaginação, que aborda aspectos importantes da obra Matéria e memória. Entretanto, as críticas de Sartre parecem abordar de forma parcial das argumentações de Bergson. Diante disso, nosso objetivo é fazer uma análise das reflexões bergsonianas apresentadas em Matéria e memória buscando mostrar que as posições de Sartre em relação a Bergson foram assumidas de forma superficial, o que nos leva a afirmar que a filosofia bergsoniana não malogrou em suas concepções, tal como afirma o autor de A imaginação. Para tanto, procuraremos enfatizar as duas noções fundamentais presentes em Matéria e memória e que foram amplamente criticadas por Sartre, a saber, a de percepção e a de consciência, assim como as conclusões presentes na finalização da obra acerca do dualismo corpo e espírito.

ASSUNTO(S)

sartre, jean-paul, 1905-1980 - crítica e interpretação intuição espaço e tempo filosofia body image perception matter memory imagem tempo real filosofia contemporânea

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