Passando de demências neurodegenerativas para proteinopatias cognitivas, substituindo "onde" por " o que" ...

AUTOR(ES)
FONTE

Dement. neuropsychol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-09

RESUMO

RESUMO. As demências neurodegenerativas foram descritas com base em seu fenótipo, em relação à degeneração seletiva que ocorre em um sistema neuroanatômico específico. Mais recentemente, no entanto, o termo proteinopatia foi introduzido para descrever doenças nas quais uma ou mais proteínas alteradas podem ser detectadas. As doenças neurodegenerativas podem ser produzidas por mais de uma proteína anormal e cada proteinopatia pode determinar diferentes fenótipos clínicos. Biomarcadores específicos já foram associados a certas patologias moleculares em pacientes vivos. Em 2016, uma nova classificação baseada em biomarcadores, atualmente aprovada apenas para pesquisas na doença de Alzheimer, foi introduzida. É baseado na avaliação de três biomarcadores: amiloide (A) detectado no ensaio amiloide-PET ou amiloide-beta 42 no LCR; tau (T) medida no LCR como tau fosforilada ou em imagem de tau PET; e lesão/neurodegeneração neuronal (N), detectada por T-tau total no LCR, hipometabolismo FDG PET e pela ressonância magnética. Os resultados de pesquisas clínicas usando os biomarcadores ATN no FLENI, um Instituto Neurológico de Buenos Aires, Argentina, desde 2011, contribuíram para os esforços contínuos para se afastar do conceito de demência neurodegenerativa e mover-se mais em direção às proteinopatias cognitivas. Hoje, o diagnóstico clínico da demência só pode nos dizer “onde” o tecido anormal é encontrado, mas não “quais” mecanismos moleculares estão envolvidos.

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