Paroxetina e bupropiona não apresentam efeito na viabilidade nem na proliferação de linfócitos in vitro

AUTOR(ES)
FONTE

Jornal Brasileiro de Psiquiatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

OBJETIVO: Os estudos iniciais com antidepressivos tricíclicos demonstraram que estes prejudicam a atividade do sistema imune. Estudos mais recentes sugerem que os inibidores seletivos da recaptação de serotonina poderiam apresentar efeitos imunológicos estimulantes. No presente estudo, exploramos os efeitos imunológicos in vitro de dois antidepressivos usados na prática clínica, paroxetina (inibidor seletivo da recaptação de serotonina) e bupropiona (inibidor da recaptação da noradrenalina e dopamina). MÉTODO: Obtiveram-se amostras de sangue periférico de 16 voluntários saudáveis e as células mononucleares do sangue periférico foram isoladas e cultivadas in vitro. Avaliamos os efeitos de bupropiona e da paroxetina em termos de viabilidade das células, como também a habilidade para suprimir a proliferação de linfócitos induzida por fitoemaglutinina. RESULTADOS: Nenhum efeito significativo foi produzido por ambos os antidepressivos na viabilidade das células nem na proliferação de células T. CONCLUSÕES: Esses resultados podem ser de valiosa informação para a prática clínica quando essas drogas são administradas. Esses resultados indicam um efeito mais favorável desses psicofármacos quando comparados aos efeitos imunológicos relacionados ao uso de antidepressivos tricíclicos ou lítio.

ASSUNTO(S)

neuroimunomodulação antidepressivos linfócitos proliferação de células

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