Parasitas gastrointestinais e itens alimentares de um encalhe massivo de falsas orcas, Pseudorca crassidens, no Rio Grande do Sul, sul do Brasil
AUTOR(ES)
ANDRADE, A. L. V., PINEDO, M. C., BARRETO, A. S.
FONTE
Revista Brasileira de Biologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2001-02
RESUMO
O trato gastrointestinal de 14 falsas orcas, 6 machos e 8 fêmeas, encalhadas em junho de 1995 no sul do Brasil, com comprimentos totais de 338 a 507 cm, foi analisado quanto à presença de endoparasitas e itens alimentares. Uma fêmea grávida apresentava um feto de 77,5 cm. Parasitas foram encontrados em todas as 14 falsas orcas. O nematóide Anisakis simplex (Rudolphi, 1809) foi encontrado no estômago de 57% dos animais e o acantocéfalo Bolbosoma capitatum (Linstow, 1889) Porta, 1908, estava presente no intestino de todos os espécimes, com densidades de até 600 parasitas/m-1. Um cestóide não identificado (Tethrabothridae) também foi encontrado nos intestinos de 14% dos indivíduos. As altas infecções por B. capitatum e A. simplex não estavam diretamente relacionadas à causa da morte. Nos estômagos de quatro fêmeas foram encontrados bicos de pelo menos oito espécimes de lulas oceânica e epipelágica Ommastrephes bartramii (Lesueur, 1821), com comprimentos de manto variando entre 189,8 e 360,9 mm. A distribuição de O. bartramii na costa do Rio Grande do Sul é consistente com a alimentação de falsas orcas em águas da plataforma oceânica.
ASSUNTO(S)
parasitas alimentação pseudorca crassidens encalhe massivo
Documentos Relacionados
- Interações entre orcas Orcinus orca (Linnaeus, 1758) e falsas orcas Pseudorca crassidens (Owen, 1846) com a pesca de espinhel pelágico monofilamento no Atlântico Oeste Tropical.
- Palmeiras (Arecaceae) no Rio Grande do Sul, Brasil
- Homicídios femininos no Rio Grande do Sul, Brasil
- Cryptoglena, Monomorphina e Phacus (Euglenophyceae) de um reservatório no Estado do Rio Grande do Sul, sul do Brasil
- Dois fungos gasteróides no Rio Grande do Sul, Brasil