Parâmetros biomecânicos e percepção de hemiparéticos crônicos com o uso de dispositivos auxiliares na marcha

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

16/02/2011

RESUMO

A aquisição da marcha independente é o objetivo primordial nos programas de reabilitação para indivíduos pós Acidente Vascular Encefálico (AVE). Neste sentido, a prescrição de dispositivos auxiliares (DA) é realizada a fim de auxiliar na restauração da marcha, uma vez que os mesmos podem aumentar a estabilidade e equilíbrio de indivíduos pós AVE. Entretanto, não há consenso acerca dos efeitos de DA na biomecânica da marcha de hemiparéticos crônicos, nem a respeito da opinião dos indivíduos sobre o uso dos mesmos. Dessa forma, os objetivos deste estudo foram investigar a influência do uso de DA (bengalas e muletas canadenses) em variáveis cinemáticas e cinéticas de hemiparéticos crônicos, em velocidades habitual e máxima, assim como avaliar a percepção dos mesmos sobre o uso dos dispositivos. Para tanto, foi avaliada a biomecânica da marcha de 19 hemiparéticos crônicos, com idade média de 56,5 anos, por meio do sistema de fotogrametria computadorizada QualiSys Pro Reflex - MCU 240 (QUALISYS MEDICAL AB, 411 12 Gothenburg, Sweden) com oito câmeras sincronizado a uma plataforma de força AMTI (Advanced Mechanical Technology, model OR6-6, Watertown, MA, USA) em quatro condições experimentais: com o uso do DA em velocidade habitual; sem o uso do DA em velocidade habitual; com o uso de DA em velocidade máxima e sem o uso de DA em velocidade máxima, de forma aleatorizada. Foram calculadas as angulações do quadril, joelho e tornozelo no plano sagital, além da potência e trabalho das mesmas articulações. Para avaliar a percepção em relação ao uso de DA, um questionário padronizado com cinco questões pontuado em uma escala Likert foi aplicado em 23 hemiparéticos crônicos, com média de idade de 58,4 anos. ANOVA 2X2 com medidas repetidas foi utilizada para verificar os efeitos principais e de interação entre as condições DA (com e sem) e velocidade (habitual e máxima). Para avaliar se as freqüências observadas diferiram do conjunto de freqüências esperadas nas questões do questionário sobre o uso do DA, foi utilizado o teste Qui-Quadrado. Os resultados deste estudo demonstraram que o uso de DA não acarretou diferenças estatisticamente significativas nas variáveis cinemáticas da marcha. ANOVA revelou efeitos principais do uso de DA na potência de flexão plantar, extensão do joelho e flexão de quadril, sem interação (0,003

ASSUNTO(S)

acidentes vasculares cerebrais teses. biomecânica teses. medicina de reabilitação teses. marcha decs percepção decs

Documentos Relacionados