Paracoccidioidomicose pulmonar: radiologia e avaliação clínico-epidemiológica
AUTOR(ES)
Freitas, Ricardo Miguel Costa de, Prado, Renata, Prado, Fábio Luis Silva do, Paula, Ivie Braga de, Figueiredo, Marco Túlio Alves, Ferreira, Cid Sérgio, Goulart, Eugenio Marcos Andrade, Pedroso, Enio Roberto Pietra
FONTE
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-12
RESUMO
INTRODUÇÃO: Comparar sinais e sintomas respiratórios entre pacientes com e sem alterações à radiografia de tórax para se estabelecer o significado dos achados radiográficos no diagnóstico da paracoccidioidomicose pulmonar. MÉTODOS: Os achados epidemiológicos, clínicos e radiológicos de 44 pacientes com paracoccidioidomicose (PCM) foram avaliados. Os pacientes foram divididos em dois grupos de 23 e 21 indivíduos de acordo com a presença (grupo 1) ou ausência (grupo 2) de anormalidades à radiografia de tórax, respectivamente, e seus dados clínicos foram analisados com auxílio de ferramentas estatísticas. RESULTADOS: Como regra geral, os pacientes eram trabalhadores rurais do sexo masculino, tabagistas e em idade adulta jovem - grupo 1 e 2, respectivamente: homens (91,3% e 66,7%); média de idade (44,4 e 27,9 anos); tabagismo (34,7% e 71,4 %); forma aguda/subaguda (38,1% e 21,7%); forma crônica (61,9% e 78,3%). As manifestações respiratórias mais frequentes foram - grupo 1 e 2, respectivamente: tosse (25% e 11,4%) e dispnéia (22,7% e 6,8%). Nenhuma diferença estatística foi observada nos sinais e sintomas respiratórios entre pacientes com ou sem anormalidades radiográficas. Os achados radiológicos mais frequentes foram o padrão nodular (23,8%) ou nodular-fibrótico (19%), bilateral (90,5%) e infiltrado difuso (85,7%). CONCLUSÕES: A ausência de diferença estatística nos sinais e sintomas pulmonares entre estes dois grupos de pacientes com PCM sugere dissociação clínico-radiológica. Uma classificação simplificada dos achados radiológicos pulmonares da PCM é sugerida, com base na correlação destes dados e revisão da literatura atual.
ASSUNTO(S)
paracoccidioidomicose epidemiologia radiografia de tórax classificação
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