Paracoccidioidomicose pulmonar: radiologia e avaliação clínico-epidemiológica

AUTOR(ES)
FONTE

Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-12

RESUMO

INTRODUÇÃO: Comparar sinais e sintomas respiratórios entre pacientes com e sem alterações à radiografia de tórax para se estabelecer o significado dos achados radiográficos no diagnóstico da paracoccidioidomicose pulmonar. MÉTODOS: Os achados epidemiológicos, clínicos e radiológicos de 44 pacientes com paracoccidioidomicose (PCM) foram avaliados. Os pacientes foram divididos em dois grupos de 23 e 21 indivíduos de acordo com a presença (grupo 1) ou ausência (grupo 2) de anormalidades à radiografia de tórax, respectivamente, e seus dados clínicos foram analisados com auxílio de ferramentas estatísticas. RESULTADOS: Como regra geral, os pacientes eram trabalhadores rurais do sexo masculino, tabagistas e em idade adulta jovem - grupo 1 e 2, respectivamente: homens (91,3% e 66,7%); média de idade (44,4 e 27,9 anos); tabagismo (34,7% e 71,4 %); forma aguda/subaguda (38,1% e 21,7%); forma crônica (61,9% e 78,3%). As manifestações respiratórias mais frequentes foram - grupo 1 e 2, respectivamente: tosse (25% e 11,4%) e dispnéia (22,7% e 6,8%). Nenhuma diferença estatística foi observada nos sinais e sintomas respiratórios entre pacientes com ou sem anormalidades radiográficas. Os achados radiológicos mais frequentes foram o padrão nodular (23,8%) ou nodular-fibrótico (19%), bilateral (90,5%) e infiltrado difuso (85,7%). CONCLUSÕES: A ausência de diferença estatística nos sinais e sintomas pulmonares entre estes dois grupos de pacientes com PCM sugere dissociação clínico-radiológica. Uma classificação simplificada dos achados radiológicos pulmonares da PCM é sugerida, com base na correlação destes dados e revisão da literatura atual.

ASSUNTO(S)

paracoccidioidomicose epidemiologia radiografia de tórax classificação

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