Paleomagnetismo do Cráton Amazônico e sua participação em paleocontinentes

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. J. Geol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-06

RESUMO

RESUMO: Dados paleomagnéticos obtidos para o Cráton Amazônico nos últimos anos têm contribuído significativamente para elucidar a participação desta unidade cratônica na paleogeografia dos supercontinentes pré-cambrianos. Dados paleomagnéticos do Paleo-Mesoproterozoico favoreceram a inserção do Cráton Amazônico no supercontinente Columbia há 1780 Ma, em um cenário que se assemelhava à configuração "South AMerica and BAltica" (SAMBA). Estes mesmos dados também sugerem a ocorrência de movimentos transcorrentes dextrais entre os Escudos das Guianas e do Brasil-Central após 1400 Ma, ou que movimentos de rotação do bloco Amazônia-Oeste África ocorreram dentro do Columbia entre 1780 e 1400 Ma. Os dados paleomagnéticos atualmente disponíveis do final do Mesoproterozoico são compatíveis com dois cenários diferentes para a Amazônia no supercontinente Rodínia. O primeiro cenário envolve uma colisão oblíqua da Amazônia com a Laurentia, começando no Texas há 1200 Ma, seguida por movimentos transcorrentes até o final da colisão da Amazônia com a Báltica há 1000 Ma. No segundo cenário, a ruptura da Amazônia e da Báltica do Columbia ocorre após 1260 Ma e é seguida por uma rotação horária e pela colisão desses blocos com a Laurentia ao longo do cinturão Grenville há 1000 Ma. Finalmente, a época em que a Amazônia colidiu com a parte central do Gondwana tem sido objeto de muita disputa. Todavia, os poucos polos paleomagnéticos do final do Neoproterozoico/Cambriano para o Cráton Amazônico, para a Laurentia e outros blocos do Gondwana Ocidental sugerem que o Oceano Clymene que separou estes blocos ocorreu entre o final dos períodos Ediacarano e Cambriano, após a separação do Cráton Amazônico da Laurentia há 570 Ma.

ASSUNTO(S)

cráton amazônico paleomagnetismo supercontinentes columbia rodínia gondwana

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