Padronização de metodologia para caracterização molecular por RAPD ? Random Amplified Polymorphic DNA, de bactérias ácido láticas isoladas de leite cru

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

No Brasil, de modo geral, o leite é obtido sob condições higiênico-sanitárias deficientes e, em conseqüência, apresenta baixa qualidade microbiológica, constituindo um risco à saúde da população quando consumido sem tratamento térmico. Desta forma, vários grupos de microrganismos indesejáveis podem ser detectados no leite cru, gerando alterações nas mais variadas condições. Em resposta a esta situação, diferentes estratégias estão em estudo para melhoraria da qualidade. Uma dessas estratégias é a bioconservação, que vem sendo cada vez mais estudada, devido seu enorme potencial de aplicação nos mais variados tipos de alimentos. As Bactérias Ácido Láticas (BAL) são microrganismos adequados para o uso como bioconservadores devido a sua reconhecida importância como microrganismos com capacidade antagonista a diversos patógenos presentes no leite. Contudo, no Brasil, os dados sobre a presença de BAL no leite cru são limitados, sendo assim necessário o estudo de metodologias que facilitem a identificação e caracterização destes microrganismos. Entretanto, entre as diferentes espécies de bactérias lácticas ocorre uma grande similaridade em relação às necessidades nutricionais e condições de crescimento, que dificulta o uso de métodos microbiológicos clássicos para identificação de gêneros e espécies. Pesquisas têm focado a aplicação de técnicas de biologia molecular para a rápida detecção e diferenciação deste grupo de bactérias. As BAL têm sua classificação baseada em propriedades fenotípicas, incluindo parâmetros fisiológicos e padrões de fermentação de açúcares. Contudo, a correta classificação e identificação das BAL são deficientes sem o suporte das técnicas genéticas. O objetivo deste trabalho foi a avaliação de um protocolo alternativo para caracterização molecular de BAL com marcadores de RAPD (Random Amplified Polymorphic DNA), utilizando-se 265 cepas de Bactérias Ácido Láticas, com capacidade antagonista a patógenos, isoladas de 27 amostras de leite cru, de propriedades dos municípios de São Bento do Una e Saloá, do Agreste Pernambucano. A técnica foi padronizada com sucesso e apresentou reprodutibilidade, entretanto os resultados obtidos com os dois primers utilizados não foram suficientes para uma boa caracterização molecular, sendo necessária a realização de novos RAPDs com diferentes marcadores, para melhor caracterização dos isolados.

ASSUNTO(S)

leite - bacteriologia bactérias produtoras de ácido láctico milk - bacteriology lactic acid bacteria

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