Padrões espaciais de Qualea grandiflora Mart. em fragmentos de cerrado no estado de São Paulo

AUTOR(ES)
FONTE

Acta Botanica Brasilica

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011-03

RESUMO

A descrição dos padrões espaciais é importante para se elaborar hipóteses sobre a dinâmica de populações vegetais. Nosso objetivo foi verificar diferenças nos padrões espaciais de classes de tamanho de Q. grandiflora dentro e entre fragmentos com diferentes fisionomias de cerrado. Para isso descrevemos e comparamos os padrões espaciais do número de plantas por subparcela (5 x 5 m) em seis parcelas de 0,5 ha em quatro fragmentos. Descrevemos os padrões para duas classes de tamanho utilizando correlogramas com o índice I de Moran e testamos associações espaciais entre classes pelo teste de Mantel parcial. A abundância variou de 18 a 319 plantas 0,5 ha-1. Plantas maiores (altura > 1,5 m) tiveram padrões agregados em todos os casos, com números e tamanhos das escalas de agregação variando independentemente da fisionomia. Somente em três parcelas foi possível descrever os padrões espaciais de plantas menores, onde foram aleatórios. Nesses casos, houve duas associações significativas positivas entre classes e uma não significativa. As diferenças de abundância e padrão espacial entre parcelas foram tão grandes no mesmo fragmento quanto entre fragmentos, indicando que a estrutura espacial de Q. grandiflora é imprevisível com base na fisionomia. A transição aleatório-agregado e a associação espacial entre classes indicam que mortalidade dependente de densidade não parece ser importante na dinâmica de Q. grandiflora, sendo a estrutura espacial dos locais adequados ao recrutamento para maturidade um possível fator mais importante.

ASSUNTO(S)

correlogramas dependência de densidade recrutamento savanas teste de mantel parcial

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