Padrões cariotípicos em tetraodontiformes (Osteichthypes) :redução genômica e mecanismos de diversificação
AUTOR(ES)
Lorena Corina Bezerra de Lima
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007
RESUMO
RESUMO A ordem Tetraodontiformes é composta por cerca de 400 espécies de peixes, distribuídas em dez famílias, com distribuição circuntropical. A diversidade morfológica de cada família reflete em, parte, os diferentes níveis de especialização. Este grupo representa uma linhagem pós-Perciformes e constitui o último ramo da difusão dos Teleósteos, ocupando uma posição filogenética de destaque. Nesta ordem encontram-se algumas das espécies de peixes mais conhecidas popularmente, os baiacus, famílias Diodontidae e Tetraodontidae; e os cangulos, famílias Balistidae e Monacanthidae. Existem diversos trabalhos examinando as relações filogenéticas dos Tetraodontiformes e, em todos, estas famílias são reconhecidas como grupos irmãos, sendo Diodontidae mais próximo de Tetraodontidae e Balistidae mais próximo de Monacanthidae. Embora possua um número representativo de espécies, são poucos os trabalhos citogenéticos envolvendo exemplares das famílias Balistidae e Monacanthidae, especialmente espécies insulares. Neste trabalho foram analisadas citogeneticamente as espécies Cantherhines macrocerus, Cantherhines pullus (Monacanthidae), Melichthys niger (Balistidae), Sphoeroides testudineus (Tetraodontidae) e Chilomycterus antennatus (Diodontidae); através de coloração convencional, Ag-RONs e bandamento C. Diante das diferentes tendências de evolução cariotípicas apresentadas pelos Tetraodontiformes, o presente trabalho também buscou verificar a existência de relação entre o tamanho total dos cromossomos com a quantidade de DNA nestes grupos de Tetraodontiformes. Para tal, foram correlacionados o tamanho total do complemento haplóide destas espécies, com valores de conteúdo de DNA disponíveis na literatura. As análises citogenéticas para as espécies C.macrocerus, C.pullus (Monacanthidae) e M.niger (Balistidae), revelaram um cariótipo composto de 40 cromossomos, todos acrocêntricos. Todas possuem apenas um par de RONs e heterocromatina pericentromérica. Para S.testudineus o número diplóide encontrado foi igual a 2n=46, com NF=78 (16m+18sm+8st+4a), enquanto que para C.antennatus possui 2n=50, com NF=76 (4m+22st+24a). Ambas espécies possuem RONs simples e blocos heterocromáticos centroméricos. Em M. niger, a presença de marcação positiva (heterocromatina e RON) na constrição secundária no 2par cromossômico em M. niger sugerindo a ocorrência de um rearranjo, possivelmente uma fusão envolvendo estes homólogos, indicando que estes eventos foram importantes para o estabelecimento dos cariótipos deste grupo.A manutenção da constância cariotípica encontrada nas populações de C. macrocerus (Monacanthidae) e Sphoeroides testudineus (Tetraodontidae) talvez se deva pelo favorecimento do fluxo gênico através das correntes oceânicas. Estes dados contrastam com os citótipos diferenciados de C.antennatus entre a costa Nordeste e Sudeste, sugerindo que os padrões ecológicos de cada espécie, somados às condições do meio ambiente marinho, possam ser responsáveis pela delineação cariotíopica de cada espécie. As características citogenéticas encontradas para as espécies C.macrocerus, C.pullus, M.niger, S.testudineus e C.antennatus somam-se aos dados disponíveis para outras espécies de Tetraodontiformes. A partir dos dados obtidos no presente estudo, pode-se inferir que o conteúdo de DNA possui relação direta com o comprimento total do genoma
ASSUNTO(S)
karyological diversification tetraodontiformes ag-rons tetradontiformes diversificação cariotípica genetica molecular e de microorganismos ag-rons
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