Pacientes Cirróticos com Escore Child-Pugh C Apresentam Intervalos QT mais Longos

AUTOR(ES)
FONTE

Int. J. Cardiovasc. Sci.

DATA DE PUBLICAÇÃO

23/10/2017

RESUMO

Resumo Fundamento e objetivos: A cardiomiopatia cirrótica tem sido usada para descrever a disfunção cardíaca crônica em pacientes cirróticos sem doença cardíaca estrutural prévia. Além disso, o prolongamento do intervalo QT é uma das alterações cardíacas mais importantes relacionadas à cirrose. Estudos prévios sugerem que o prolongamento QT está associado com uma taxa de mortalidade mais alta em pacientes cirróticos. O objetivo deste estudo foi analisar intervalos QTs segundo a gravidade da cirrose, medida pela classificação Child-Plugh. Materiais e métodos: Em um estudo transversal, um total de 67 pacientes com cirrose não alcoólica submeteu-se à avaliação clínica e eletrocardiográfica. A gravidade da cirrose foi classificada de acordo com o escore Child-Pugh. O intervalo QT foi medido por um eletrocardiograma de 12 derivações. Resultados: Os intervalos QTs foram mais longos em pacientes no grupo Child-Plugh C que nos grupos Child-Pugh A e B (459 ± 33 vs 436 ± 25 e 428 ± 34 ms, respectivamente, p = 0,004). Houve uma correlação positiva entre o intervalo QT e o escore Child-Pugh em indivíduos com escore Child-Pugh ≥ 7 (r = 0,50; p < 0,05) e intervalos QT ≥ 440 ms (r = 0,46, p < 0,05). Conclusão: O presente estudo mostrou que pacientes com cirrose Child-Plugh C apresentam intervalos QTs mais longos, o que reforçou a relação entre a gravidade da cirrose e achados eletrocardiográficos da cardiomiopatia cirrótica. Além disso, esse resultado foi encontrado em pacientes sem sintomas cardíacos, o que destacou a importância de um método simples e não invasivo, como o eletrocardiograma, para identificar pacientes cirróticos com cardiomiopatia. (Int J Cardiovasc Sci. 2017; [online].ahead print, PP.0-0)

ASSUNTO(S)

cardiomiopatias cirrose hepática / mortalidade síndrome do qt longo eletrocardiografia / métodos

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