Ostracodes do cretáceo-paleógeno inferior da Bacia de Pelotas

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

12/03/2010

RESUMO

O presente trabalho consiste no estudo taxonômico dos ostracodes marinhos da bacia de Pelotas e os respectivos aspectos paleoecológicos da assembléia no intervalo Cretáceo e CretáceoPaleógeno Inferior. Foram analisadas 479 amostras de calha, provenientes dos cinco poços 1-RSS-2, 1-RSS-3, 2-RSS-1, 1-SCS-3B e 1-SCS-2. A fauna registrada totalizou 98 espécimes, distribuídos em nove famílias, 21 gêneros, 34 espécies. Dois gêneros e duas espécies foram mantidos como táxons indeterminados. As espécies identificadas foram: Cytherella cf. C. araucana Bertels, 1974; Cytherelloidea spirocostata Bertels, 1973; Bairdoppilata triangulata Edwards, 1944; Actinocythereis indigena Bertels, 1969; Brachycythere gr. sapucariensis Krömmelbein, 1964; Wichmannella araucana Bertels, 1969 e Wichmannella meridionalis Bertels, 1969. Os gêneros mais diversificados foram Cytherella e Paracypris com sete e quatro espécies, respectivamente. O intervalo Turoniano foi o mais abundante, com a significativa presença dos gêneros Brachycythere e Cytherella. A família mais abundante foi a Trachyleberididae, com oito gêneros e 12 espécies, seguida da família Cytherellidae com dois gêneros e oito espécies. A passagem do limite CretáceoPaleógeno Inferior (KPg) na bacia de Pelotas foi marcada por uma mudança faunística com o desaparecimento dos gêneros, Cytherelloidea, Argilloecia, Cythereis, Brachycythere, Pondoina e Rostrocytheridea, e o aparecimento de Neonesidea, Bairdoppilata, Ambocythere, Buntonia, Langiella?, Trachyleberis e Krithe. A associação dos ostracodes cretácicos na bacia de Pelotas sugere um ambiente marinho nerítico com águas quentes.

ASSUNTO(S)

bacia de pelotas, ostracodes, cretáceo, paleógeno pelotas basin ostracods cretaceous paleogene geologia

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