Os programas oficiais de educaçãpo para saúde no Brasil entre 1980 e 1995

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1999

RESUMO

O presente trabalho focaliza os programas oficiais de educação para a saúde no Brasil, produzidos pelos Ministérios da Saúde e Educação, no período entre 1980 e 1995.Também analisa os programas dirigidos aos países da América Latina, no mesmo período, sob as diretrizes dos organismos internacionais, como a Organização Mundial de Saúde (OMS), Organização Panamericanade Saúde (OPS), Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Banco Mundial. O objetivo é analisar o conteúdo político dos conceitos presentes nos discursos dos programas oficiais de educação para a saúde e relacioná-los com as mudanças políticas e sociais, neste intervalo, no Brasil. O procedimentode análise tem como início a exposição dos enunciados discursivos existentes nas diferentes concepções de saúde, que vão fundamentar os programas de educação para a saúde, a partir do final da década de 70, momento em que afloram o desgaste político do regime militar e o processo de crise econômica, aos quais respondem as manifestações atreladas aos movimentos de oposição. Os programas de educação para a saúde, no intervalo da reforma sanitária, reiteram os princípios da democratização no país e o fortalecimento dos preceitos de seguridade social. Participam, na sua construção, profissionais de saúde e educadores sanitários, idealizadores do projeto de implantação do Sistema Único de Saúde no Brasil. Ao mesmo tempo, os programas internacionais sobre a política nacional de saúde nos países da América Latina vão estar participando das discussões sobre extensão dos serviços básicos à população, com a atenção primária à saúde, na qual a educação para a saúde ganha papel relevante. No final da década de 80, o percurso de democratização e a concretização dos preceitos de seguridade social, inerentes à reforma sanitária e aos programas de educação para a saúde no Brasil, sofrem sérias limitações com o processo de desmantelamento dos serviços públicos, em decorrência da política de ajuste estrutural, sob a defesa das teses monetaristas e da concepção neoliberal de Estado e sociedade

ASSUNTO(S)

medicina preventiva educacao medicina comunitaria reforma sanitaria medicina social educacao em saude

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