Os Autores brasileiros não citam os autores brasileiros: Nada mudou desde 1994

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. ortop.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-04

RESUMO

Resumo Objetivo Observar o perfil de autocitações da Revista Brasileira de Ortopedia (Rev Bras Ortop) e de citações deste periódico em outras revistas médicas de ortopedia de conteúdo geral ou específico de uma determinada área de conhecimento da especialidade. Métodos Trata-se de estudo observacional transversal da frequência de autocitações e citações da Rev Bras Ortop em outros cinco periódicos médicos de ortopedia de diferentes países, todas publicadas em língua inglesa. Foram analisados os 15 últimos artigos publicados em 2020 em cada uma das seis revistas estudadas. As referências usadas em cada um delas foi avaliada para identificação do periódico em que foram publicadas originalmente. A distribuição de frequência dos quatro principais periódicos citados, sua posição e o percentual relativo ao total de citações foram observados e registrados em cada uma das seis revistas. O número de vezes em que a Rev Bras Ortop foi citada em cada um dos periódicos estrangeiros selecionados foi avaliado por meio de suas frequências absoluta e relativa. Resultados O total de citações avaliadas neste estudo foi de 2527 (variando de 386 a 486 por revista). A Rev Bras Ortop apresentou baixa taxa de autocitação (2,6%), sendo citada na própria revista na sexta posição (10 de um total de 386 referências). No período estudado, a Rev Bras Ortop não foi citada em nenhum dos outros cinco periódicos médicos incluídos no estudo (frequência absoluta 0, frequência relativa 0). Conclusão Observou-se que a Rev Bras Ortop apresenta baixa referência de si própria, com taxa de autocitação de 2,6% no período estudado, mostrando que de fato o ortopedista brasileiro não cita o ortopedista brasileiro que publica na revista. Sugerimos a elaboração e a implementação de estratégias fortes de melhora da visibilidade do periódico no cenário acadêmico-científico mundial. Além disso, é fundamental que os ortopedistas brasileiros entendam esta realidade e auxiliem direta e efetivamente em sua mudança.

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