“Os alunos teriam que estudar para poder comprar comida”: a escola guarani como necessidade, obrigação e direito
AUTOR(ES)
GUEROLA, CARLOS MAROTO
FONTE
Rev. Bras. Educ.
DATA DE PUBLICAÇÃO
13/11/2017
RESUMO
RESUMO O presente trabalho busca problematizar a visão ocidental de educação enquanto direito humano universal, contrapondo-a às reivindicações guarani à escolarização enquanto direito intercultural. O trabalho parte de uma fundamentação teórica que discute a deslegitimação e o silenciamento das populações indígenas em virtude de suas diferenças em relação ao padrão de experiência e conhecimento ocidentais, assim como a relação dessa deslegitimação e silenciamento com a imposição da necessidade e obrigação universais à escolarização. Com base em uma metodologia de pesquisa qualitativa de cunho etnográfico, são interpretados discursos que servem de insumos para caracterizar o direito intercultural guarani à escolarização, assim como as funções, responsabilidades e práticas de conhecimento que cabem à educação escolar diferenciada guarani do ponto de vista dos professores indígenas da escola da comunidade do Tekoa Itaty, ou aldeia do Morro dos Cavalos (Palhoça/SC).
ASSUNTO(S)
guarani educação escolar indígena direitos humanos
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