OrientaÃÃo religiosa e qualidade de vida em idosos praticantes e nÃo praticantes de exercÃcio fÃsico

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

Este trabalho objetiva investigar as modalidades de orientaÃÃo religiosa, tal como descritas por Allport, ou seja, se intrÃnseca ou se extrÃnseca e suas possÃveis relaÃÃes com a qualidade de vida, conforme define Ciconelli, em idosos praticantes e nÃo praticantes de exercÃcios fÃsicos. Foram sujeitos da pesquisa 200 idosos, todos residentes no Distrito Federal, sendo 70 (35%) homens e 130 (65%) mulheres, com idade entre 60 e 89 anos. Do total, 133 (66,5%) praticam exercÃcios fÃsicos, sendo 45 (22,5%) homens e 88 (44%) mulheres. Aplicaram-se trÃs instrumentos aos idosos pesquisados: a) entrevista orientada por um questionÃrio semi-estruturado com perguntas relativas à prÃtica de exercÃcio fÃsico do idoso, elaborada pela prÃpria pesquisadora; b) escala de orientaÃÃo religiosa intrÃnseca e extrÃnseca, de Gorsuch e McPherson, traduzida para a LÃngua Portuguesa do Brasil e adaptada para emprego em pesquisas com idosos e c) escala de Qualidade de Vida SF-36, adaptada e traduzida para o Brasil por Ciconelli. Os dados foram coletados em instituiÃÃes de longa permanÃncia, em centros de convivÃncia para idosos e academias. ApÃs lidos instrumentos obtiveram-se suas respostas, simultaneamente anotadas. Realizou-se a anÃlise dos dados por meio de correlaÃÃo de Pearson para verificar a correlaÃÃo entre a orientaÃÃo religiosa e a qualidade de vida. E, para anÃlise das diferenÃas entre orientaÃÃo religiosa e qualidade de vida em idosos, praticantes e nÃo praticantes de exercÃcios fÃsicos, utilizou-se o test t. Os resultados demonstraram que, dentre os oito domÃnios de qualidade de vida avaliados, dois apresentaram diferenÃas significativas em relaÃÃo à prÃtica de exercÃcios fÃsicos: a Capacidade Funcional (t= 3,50; p= 0,001) e a Dor (t= 2,43; p= 0,017), de forma que, os praticantes de exercÃcio fÃsico, apresentaram maior capacidade funcional e maior nÃvel de dor. Entre os idosos praticantes de exercÃcios fÃsicos, observou-se correlaÃÃo negativa entre a SaÃde Mental e a religiosidade extrÃnseca, ou seja, quanto maior a religiosidade extrÃnseca, menor a saÃde mental (r= -0,198; p= 0,021). Em relaÃÃo aos nÃo praticantes de exercÃcios fÃsicos, verificou-se correlaÃÃo negativa entre a SaÃde Mental com as religiosidades, intrÃnseca (r= -0,359; p = 0,002) e extrÃnseca (r= -0,491; p= 0,000); e a Capacidade Funcional com as religiosidades, intrÃnseca (r= -0,317; p= 0,008) e extrÃnseca (r= -0,469; p= 0,000). Assim, pode-se dizer que para tais idosos, quanto maior a SaÃde Mental e a Capacidade Funcional, menor os escores em orientaÃÃo religiosa. Em conclusÃo, nÃo se verificaram relaÃÃes significativas entre a prÃtica do exercÃcio fÃsico e a orientaÃÃo religiosa. A discussÃo aventou que esses resultados podem ter sido causados pelo fato de o tipo de formaÃÃo da cultura religiosa no Brasil ter pouca influÃncia na qualidade de vida dos idosos, destacando-se a importÃncia da realizaÃÃo de mais estudos sobre esses aspectos da vida, em idosos

ASSUNTO(S)

envelhecimento saude coletiva elders quality of life idoso ageing exercÃcio fÃsico religious orientation orientaÃÃo religiosa idosos; qualidade de vida; velhice â aspectos religiosos; exercÃcios fÃsicos physical exercise

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