Ode marítima: do atual ao inaugural a poesia como poiesis e performance

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

07/10/2011

RESUMO

O objetivo deste trabalho é demonstrar por que Ode Marítima é considerada o poema expressão máxima do movimento sensacionista, idealizado por Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro, no início do século XX, estabelecendo uma relação entre o atual e o inaugural, o moderno e o arcaico, o tempo e o não-tempo, o tempo cronológico e o tempo mítico. Para tanto, alguns dos referenciais teóricos utilizados foram: os estudos realizados por José Augusto Seabra e Nicolás Extremera Tapia acerca da estruturação rítmica da ode; os estudos sobre a poesia oral, realizados por Paul Zumthor; os escritos sobre o Sensacionismo, deixados por Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro; os estudos do mitólogo Micea Eliade; e a leitura filosófica das transformações no modo de viver do homem, realizada por Friedrich Nietzsche. No primeiro capítulo, buscamos refletir sobre as transformações pelas quais passou o ser da poesia através dos tempos para, no capítulo seguinte, explicar e justificar a proposta sensacionista, de uma arte moderna que se baseia na força da sensação, que busca atingir o corpo sensorial do receptor. Finalmente, realizamos uma leitura analítica do corpus: a Ode Marítima. Concluímos que o poema materializa o Sensacionismo propondo-nos um retorno às origens da poesia. Assim, o experimento moderno de Álvaro de Campos é acesso ao ritmo dos rituais arcaicos: canto, voz, dança, corpo pura sensação, pura poesia. Tal experimento nos dá a possibilidade de uma nova percepção, mais consciente, da complexa forma de vida moderna

ASSUNTO(S)

teoria literaria literatura portuguesa poesia moderna poesia oral Álvaro de campos sensacionismo portuguese literature modern poetry oral poetry Álvaro de campos sensacionism

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