Ocorrência dos indicadores de risco para a deficiência auditiva infantil no decorrer de quatro anos em um programa de triagem auditiva neonatal de um hospital público

AUTOR(ES)
FONTE

Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-09

RESUMO

OBJETIVO: Comparar a ocorrência dos indicadores de risco para a deficiência auditiva infantil ao longo de quatro anos, em um Programa de Triagem Auditiva Neonatal. MÉTODOS: Foram pesquisados os prontuários de 382 recém nascidos prematuros nascidos no Hospital São Paulo, de 2000 a 2004. RESULTADOS: Em 2000, encontramos 5,9% de casos de antecedentes familiares/consangüinidade, a qual aumentou de forma estatisticamente significante para 13,6% em 2003. A ventilação mecânica aumentou de forma estatisticamente significante de 24,6% casos em 2000, para 40,2% em 2004. O número de convulsões em RN foi de 4,2% em 2000 para 9,8% em 2004, aumento estatisticamente significante. Encontramos 11,0% de casos de infecção congênita em 2000, o que caiu para 4,3% em 2003. No ano de 2002, houve apenas um caso de sífilis, sendo que a ocorrência destas doenças diminuiu nos últimos anos. O HPIV foi de 15,3% no ano 2000 para 5% em 2003, com redução estatisticamente significante. Os casos de malformação caíram de 3,4% no ano 2000 para 0,7% em 2003. Os casos de ototoxicidade diminuíram de forma estatisticamente significante de 43,2% em 2000 para 30,0% em 2003. CONCLUSÃO: A análise estatística revelou aumento significante da ocorrência dos antecedentes familiares para a deficiência auditiva, do uso de ventilação mecânica e das convulsões neonatais. Os casos de infecção congênita e hemorragia periintraventricular diminuíram estatisticamente do ano 2000 para 2004. Os casos de malformação, baixo peso e ototoxicidade variaram de forma aleatória entre os anos estudados. E alguns indicadores de risco se mantiveram sem alterações estatisticamente significantes.

ASSUNTO(S)

perda auditiva recém-nascido indicador de risco diagnóstico precoce

Documentos Relacionados