Oclusão percutânea do canal arterial com molas de liberação controlada

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

INTRODUÇÃO: A oclusão percutânea do canal arterial tem sido realizada com eficácia e segurança, reservando-se o tratamento cirúrgico a situações específicas tecnicamente desfavoráveis à utilização da via percutânea, como a abordagem de prematuros. O dispositivo mola de liberação controlada configurou-se como técnica segura e de baixo custo. Apresentamos a experiência de nosso serviço com esse dispositivo, discutindo aspectos técnicos do implante e características do material utilizado. MÉTODO: No período de 2002 a 2009 foram encaminhados 90 pacientes para oclusão percutânea do canal arterial. A seleção da mola a ser utilizada guardou relação com o menor diâmetro do canal arterial. Todos os pacientes foram diagnosticados em base clínica, com confirmação por meio de ecocardiografia transtorácica. Foi realizado angiograma imediatamente após o procedimento para verificação da presença de fluxo residual e de possíveis complicações imediatas. RESULTADOS: A idade variou de 4 meses a 36 anos (mediana de 3 anos e 4 meses). O diâmetro do canal arterial variou de 0,2 mm a 6 mm (média de 2,3 mm). Os tipos de canal arterial persistente, de acordo com a classificação morfológica de Krichenko, distribuíram-se da seguinte forma: tipo A, 80 (88,8%); tipo C, 4 (4,6%); e tipo E, 6 (6,6%). Obteve-se sucesso em 97,6% (81/83) dos casos. Não observamos nenhum caso de hemólise, endarterite ou obstruções vasculares. Observamos apenas um caso de embolização em que o dispositivo foi recapturado com o próprio cabo liberador e reposicionado com sucesso. CONCLUSÃO: O presente estudo demonstrou a segurança e a eficácia do procedimento de oclusão percutânea do canal arterial.

ASSUNTO(S)

persistência do canal arterial mola de liberação controlada cardiopatia congênita

Documentos Relacionados