O uso de opióides no tratamento da dor crônica não oncológica: o papel da metadona

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Anestesiologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2002-09

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O uso de opióides em dor oncológica já é bastante difundido e comprovado por diversos ensaios clínicos bem controlados. Entretanto, há uma grande controvérsia em relação ao uso em longo prazo de opióides em dor crônica de origem não oncológica, que tem se intensificado de forma importante nos últimos anos. Neste estudo, objetivamos avaliar criticamente as informações disponíveis na literatura a respeito do uso de opióides para tratamento de dor crônica não oncológica e o papel da metadona como opção terapêutica. CONTEÚDO: Os estudos disponíveis ainda são limitados, mas demonstram que determinadas subpopulações de pacientes portadores de dor crônica podem alcançar analgesia importante, com pouca tolerância e baixo potencial para adição, principalmente aqueles refratários aos esquemas terapêuticos convencionais. Morfina é o opióide padrão, mas outras alternativas podem ser utilizadas como oxicodona, hidromorfona ou fentanil. Metadona é um opióide sintético, inicialmente utilizado para prevenir síndrome de abstinência em paciente dependentes, que também constitui uma importante opção no tratamento da dor crônica não oncológica, principalmente dor neuropática. CONCLUSÕES: Apesar do conhecimento crescente sobre o uso de opióides em dor crônica não oncológica, novos estudos melhor controlados ainda são necessários para uma discussão mais científica a respeito do assunto. A metadona administrada por via oral apresenta uma boa relação custo-benefício, representando uma alternativa efetiva para um melhor controle da dor em alguns pacientes.

ASSUNTO(S)

analgÉsicos analgÉsicos dor

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