O uso da pinça de biópsia como técnica auxiliar na visualização da papila duodenal maior utilizando-se o esofagogastroduodenoscópio de visão frontal

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Gastroenterol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2018-03

RESUMO

RESUMO CONTEXTO: Esofagogastroduodenoscopia convencional é o melhor método para avaliação do trato gastrointestinal superior, mas apresenta limitações para identificação da papila duodenal maior, mesmo após emprego da manobra de retificação. Exame completo da papila duodenal maior está indicado para pacientes de alto risco para adenocarcinoma da papila duodenal maior. OBJETIVO: Avaliar a utilização da pinça de biópsia durante esofagogastroduodenoscopia convencional como ferramenta adicional à manobra de retificação na avaliação da papila duodenal maior. MÉTODOS: Foram estudados 671 pacientes entre 2013-2015 com busca ativa da papila duodenal maior em três etapas: endoscópio não retificado, endoscópio retificado e uso da pinça de biópsia após retificação. Em todas se registrou: se a papila duodenal maior foi totalmente visualizada (posição A), se parcialmente visualizada (posição B) ou se não visualizada (posição C). Caso a papila duodenal maior não tenha sido completamente visualizada, o paciente foi direcionado para a etapa seguinte. RESULTADOS: Um total de 341 era do sexo feminino (50,8%) com idade média de 49 anos. Dos 671 pacientes, em 324 (48,3%) a papila duodenal maior foi identificada na posição A, 112 (16,7%) em posição B e, 235 (35%) em posição C. Dos 347 pacientes submetidos à manobra de retificação, posição A foi encontrada em 186 (53,6%), posição B em 51 (14,7%) e posição C em 110 (31,7%). Dos 161 pacientes restantes que utilizaram a pinça de biópsia, posição A foi vista em 94 (58,4%), posição B em 14 (8,7%) e posição C em 53 (32,9%). A taxa acumulativa de visualização completa da papila duodenal maior foi de 90%. CONCLUSÃO: O uso da pinça de biópsia aumentou a taxa de visualização completa da papila duodenal maior em 14%, alcançando 604/671 (90%) dos pacientes (P<0,01) avaliados e pode ser facilmente incorporada aos exames endoscópicos de rotina do trato gastrointestinal superior.

ASSUNTO(S)

ampola hepatopancreática, fisiopatologia adenocarcinoma, diagnóstico endoscopia do sistema digestório, utilização

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