O transplante hepático está associado a menor massa óssea em mulheres climatéricas?

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-07

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar se mulheres climatéricas submetidas a transplante de fígado tiveram maior prevalência de massa óssea diminuída do que aquelas sem antecedente de doença hepática. MÉTODOS: Estudo de corte transversal, com 48 mulheres em acompanhamento ambulatorial em um hospital universitário na região Sudeste do Brasil, no período de 04 de fevereiro de 2009 a 05 de janeiro de 2011. Foram incluídas 24 mulheres submetidas a transplante hepático há pelo menos um ano, com idades igual ou superior a 35 anos, e 24 sem antecedente de doença hepática, com idade (± três anos) e padrão menstrual semelhante ao das transplantadas. As mulheres foram submetidas a exames laboratoriais (hormônio folículo estimulante e estradiol) e densitometria óssea de coluna lombar e fêmur, com equipamento Hologic, Discovery WI. A análise estatística foi realizada por meio do teste exato de Fisher, por Odds Ratio (OR) simples e pela regressão logística múltipla. RESULTADOS: A média etária das mulheres incluídas no estudo foi de 52,8 (±10,7) anos, sendo que 27,1% estavam na pré-menopausa e 72,9%, na peri/pós-menopausa. Aproximadamente 14,6% dessas mulheres apresentaram osteoporose e 35,4%, baixa massa óssea. Os seguintes itens foram associados com massa óssea diminuída: estar na pós-menopausa (OR=71,4; IC95% 3,8 - 1.339,7; p<0,0001), idade atual maior que 49 anos (OR=11,4; IC95% 2,9 - 44,0; p=0,0002) e nível de estradiol sérico menor que 44,5 pg/mL (OR=18,3; IC95% 3,4 - 97,0; p<0,0001). Ter antecedente de transplante hepático não se associou massa óssea diminuída (OR=1,4; IC95% 0,4 - 4,3; p=0,5). CONCLUSÃO: O transplante hepático não se associou massa óssea diminuída nesse grupo de mulheres climatéricas.

ASSUNTO(S)

osteoporose transplante de fígado menopausa

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