O status social associado à experiência odontológica entre crianças brasileiras

AUTOR(ES)
FONTE

Ciênc. saúde coletiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-10

RESUMO

Resumo Os dentistas devem estar atentos não apenas às variáveis clínicas, mas também aos fatores socioeconômicos, psicológicos e culturais, que têm sido associados à experiência de cárie dentária. O objetivo deste estudo foi avaliar o status social e a experiência odontológica em crianças brasileiras. Foi realizado um estudo transversal envolvendo 1367 crianças de 6 e 7 anos de idade, de ambos os sexos, matriculadas em escolas públicas e privadas da cidade do Recife (2013). As crianças de escolas públicas eram socioeconomicamente menos privilegiadas. Os dados foram coletados por meio de entrevistas e exames intraorais. A experiência de cárie foi alta (53,3%), mas as crianças menos privilegiadas tiveram maiores porcentagens de dentes cariados e com extração indicada (p < 0,001). Crianças de classe social menos privilegiada tiveram maior chance de ter experiência de cárie baixa (OR = 1,77 [IC95% 1,33 - 2,35]), moderada (OR = 4,41 [IC95% 3,18 - 6,14]) e alta (OR = 9,55 [IC95% 6,01- 15,16]). E, também tiveram maior chance de nunca visitar um dentista (OR = 2,90 [IC95% 2,25 - 3,74]) e ter ansiedade ao tratamento odontológico (OR = 1,70 [IC95% 1,34 - 2,16]). O status socioeconômico exerce influência na experiência de cárie dentária, nas visitas ao dentista e na ansiedade ao tratamento odontológico das crianças analisadas.

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