O sinal de Deus na cartografia critica de Murilo Mendes

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

1997

RESUMO

Os traços religiosos, peculiares à criação poética de Murilo Mendes, na caracterização da crítica à pintura, em crônicas publicadas no Rio de Janeiro e na correspondência com a pintora sul-matogrossense Lídia Baís, apresentada como um episódio precursor do exercício crítico do poeta mineiro. A tese demonstra que o projeto cultural pessoal de Murilo Mendes, compartilhado com outros artistas como Ismael Nery e Jorge de Lima, comporta concepções que partem dos arquétipos bíblicos e dos dogmas católicos que, reelaborados na poesia, são transformados em princípios de exercício crítico e alcançam a tipificação de aposto lado e de messianismo artístico. Os traços religiosos, identificados a partir de poemas dos livros O Sinal de Deus e Tempo e Eternidade, também são encontrados no tratamento da literatura e da música, sempre nos textos críticos de Murilo Mendes. O essencialismo religioso, de que o poeta mineiro foi um dos idealizadores, é visto como um dos nexos para a compreensão da pintura e do projeto artístico-existencial de Lídia Baís, em decorrência do seu breve convívio com Ismael Nery e Murilo Mendes. Trata-se de demonstrar, por procedimento descritivo e estudo de caso, as relações e as diferenciações entre projetos culturais individualistas e universalizantes, que fundem modelos tradicionais e vanguardas européias, no Brasil das décadas de trinta e quarenta

ASSUNTO(S)

poesia brasileira - historia e critica arte e literatura critica de arte pintores - brasil - critica e interpretação

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