O Regionalismo Econômico Descentrado na América Latina: Da ALCA à Aliança do Pacífico

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FONTE

Contexto int.

DATA DE PUBLICAÇÃO

03/09/2018

RESUMO

Resumo Nesse artigo, investigo o regionalismo Latino Americano do colapso do Projeto da ALCA à emergência da Aliança do Pacífico, no período de 2005 a 2015. Para a maior parte da pesquisa, utilizo os principais blocos econômicos da região, o Mercosul e a Aliança do Pacífico, como unidades de análise. Os principais resultados identificados são de que, desde o colapso da ALCA, os processos de integração se tornaram mais heterogêneos; o Mercosul e a AP contrastam um com o outro em termos político-econômicos; o projeto brasileiro de estabelecer um regionalismo pós-liberal/pós-hegemônico na América do Sul não teve sucesso; e que a demanda regional por produtos brasileiros está em risco de deslocamento a outros mercados no médio para longo prazo, debilitando ainda mais suas aspirações de liderança regional. Tudo isso evidencia o regionalismo econômico descentrado – isto é, uma forma de regionalismo na qual não há um único Estado no seu comando central, ou com seguidores suficientes para assumir uma liderança e estabelecer uma concepção predominante de integração e cooperação regional. Outros fatores que contribuem para essa descentralização são o baixo desempenho econômico de Brasil e México, e a mudança de postura do governo dos EUA em relação às relações comerciais com a América Latina. Apesar disso, argumento que os países latino-americanos precisam fortalecer a cooperação dentro e entre esses blocos regionais, focando na promoção da sua competitividade global conjunta. Isso requer mais cooperação e democracia do que coerção, e mais redes e conectividade do que hierarquias.

ASSUNTO(S)

regionalismo integração regional crescimento américa latina aliança do pacífico alca

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