O que há de novo no diagnóstico e tratamento da litíase urinária?

AUTOR(ES)
FONTE

Revista da Associação Médica Brasileira

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

OBJETIVO. Atualizar aspectos do diagnóstico e do tratamento da litíase urinária. MÉTODOS. Uma revisão dos principais artigos publicados sobre o tema em revistas indexadas no "Medline" entre 1979 e 2009. RESULTADOS. A ocorrência de cálculos é maior em pacientes com IMC > 30. A TC sem contraste promove o diagnóstico correto em até 98% dos casos. O uso de bloqueadores alfa-adrenérgicos aumenta a eliminação de cálculos ureterais menores que 8 mm em 29%. O índice de pacientes livres de cálculo após LEOC varia entre 35% e 91%, conforme seu tamanho e localização. Cálculos renais maiores que 2 cm são eliminados pela NLPC entre 60% e 100% dos casos. Cálculos de ureter distal são tratados com sucesso em até 94% dos casos pela ureteroscopia semirrígida contra 74% da LEOC. Já para cálculos de ureter superior as taxas de sucesso situam-se entre 77% e 91% para ureteroscopia e 41% e 82% para a LEOC. CONCLUSÃO. A associação da calculose urinária com obesidade e Diabetes mellitus está bem estabelecida. A TC sem contraste é atualmente o padrão-ouro no diagnóstico da litíase urinária. A LEOC é o método de eleição em nosso meio para tratamento de cálculos renais menores que 2 cm e com densidade tomográfica < 1000 UH, exceto os do cálice inferior, onde o limite ideal de tratamento é 1 cm. A nefrolitotripsia percutânea é o melhor método para o tratamento de cálculos renais maiores que 2 cm e a ureteroscopia semi-rígida para o tratamento dos cálculos de ureter distal. A ureteroscopia flexível é uma alternativa para cálculos de ureter superior e renais menores de 1,5 cm que não respondem a LEOC ou com contraindicações para a realização de NLPC.

ASSUNTO(S)

litíase diagnóstico litotripsia ureteroscopia

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