O processo de descoberta na escultura : a desafeição, fluxos, fabulações e deriva

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

O trabalho considera a hipótese da escultura se constituir a partir da instauração de um litígio na matéria em operação pela coexistência de diferentes visões e interpretações prospectadas, de um lado nos processos mentais e interpretativos do autor, de outro lado na prospecção da matéria em operação. Para tanto este estudo estabelece o conjunto de conceitos básicos que nortearão a investigação e vão incentivar à prospecção, como o conceito de desafeição, de estranhamento, de abdução interpretativa, de fabulação, de fluxo e de deriva resultante, desenvolvendo estratégias e procedimentos para lidar com o amplo espectro que constitui o fazer escultórico ao operar a matéria e articular a irrupção de imagens, pulsões e desejos que emergem agregados às abduções. A construção metodológica deste estudo se alicerça sobre duas vertentes. De um lado, a Teoria da Formatividade de Luigi Pareyson, a questão do litígio abordado no texto de M. Heidegger, "A Coisa"; a questão da abdução, originalmente de C. S. Peirce, por meio dos estudos de Sami Paavola e Lorenzo Magnani e por fim o emprego do conceito de fabulação de Lévi-Strauss. De outro lado, é um trabalho de poéticas que se alicerça sobre a fala, o testemunho e a reflexão em primeira pessoa de toda uma série de artistas, considerados fundamentais para o entendimento das questões que constituem e definem o fazer artístico.

ASSUNTO(S)

escultura contemporanea poética arte contemporânea

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