O poder do irreal - Um estudo sobre o potencial cognitivo da ficção

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

08/07/2011

RESUMO

Os objetivos da presente dissertação são: (i) mostrar como as artes ficcionais podem veicular um tipo diferenciado de conhecimento; e (ii) como esse potencial, em alguns casos, fomenta seu valor e legitimação. Para isso, apresentamos uma introdução ao estudo filosófico da ficção, visando a determinar qual sua natureza, além de compreender a maneira pela qual ela nos afeta. Expomos no segundo capítulo uma discussão acerca da relação entre o discurso ficcional e o conhecimento, com vistas a identificar os possíveis modos pelos quais a ficção pode se interligar ao conhecimento. Para isso, começamos por sumariar as ideias de Platão e Aristóteles em relação à perspectiva de a arte proporcionar conhecimento. Depois, discutimos as posições cognitivistas no debate contemporâneo com o objetivo de compreender suas possibilidades e seus limites a partir da reconstituição dos argumentos. No terceiro capítulo apresentamos uma posição favorável à tese do impacto cognitivo da ficção. Tal defesa explorará o tema tendo como base propostas que tratam da natureza comunicativa e da potencialidade cognitiva diferenciada. Destacamos que a noção de conhecimento não proposicional é essencial para compreendermos se podemos obter algum tipo de ganho cognitivo através das artes ficcionais. Por fim, discutimos a existência da associação entre valor estético e potencial cognitivo da ficção. O mote é esclarecer se existe um vínculo entre a questão epistêmica (se podemos realmente aprender com a arte), e a questão estética (se a potencialidade cognitiva da arte implica sua valorização).

ASSUNTO(S)

ficção conhecimento estética epistemologia valor filosofia

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