O Plano Rehn-Meidner e o modelo sueco de desenvolvimento nos Trinta Gloriosos
AUTOR(ES)
QUINTAS, FELIPE MARUF; IANONI, MARCUS
FONTE
Brazil. J. Polit. Econ.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2021-03
RESUMO
RESUMO Em geral, a literatura sobre o estado desenvolvimentista estuda a Ásia e a América Latina, não a Escandinávia. Este artigo examina o caráter desenvolvimentista do Estado ma Suécia, distinguindo-o como um caso específico por suas instituições e políticas combinarem a promoção simultânea da industrialização e da equidade social. O artigo analisa o modelo sueco de desenvolvimento a partir de seu cerne, o Plano Rehn--Meidner (R-M), uma estratégia política de desenvolvimento liderada pelo Partido Social--Democrata Sueco (SAP). Argumenta-se que na Suécia a industrialização e a construção do welfare state foram duas faces da mesma moeda. O Plano R-M desempenhou papel--chave na consolidação, entre 1945 e 1975, do modelo sueco. Combinou e articulou o desenvolvimento econômico, centrado na industrialização, a redução das desigualdades sociais e a estabilidade fiscal e monetária. Incrementou a complexidade produtiva e a igualdade, unificou a política econômica e a política social, a industrialização planejada e a redistribuição de renda. Estruturou-se mediante um amplo pacto de poder entre trabalhadores, industriais, agricultores, representantes políticos eleitos pelo SAP e a burocracia pública. Institucionalizou-se, sobretudo, pelo arranjo corporativista democrático das negociações centralizadas de salário.
Documentos Relacionados
- O modelo sueco e o pleno emprego: a crise da década de 1990
- O modelo sueco: uma alternativa para a política macroeconômica
- O modelo sueco de home care avançado: organização e implicações da adoção desta modalidade de cuidado pelo serviço de saúde brasileiro
- O Plano de Desenvolvimento da Educação
- A Embrapa e a Agroenergia : plano, discurso e imagem para novo modelo de desenvolvimento