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AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Saude Mater. Infant.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-12

RESUMO

Resumo Objetivos: identificar a prevalência e os fatores associados a intervenções obstétricas em parturientes atendidas em maternidades públicas. Métodos: estudo transversal, com 344 puérperas, de duas maternidades públicas, referência ao parto pelo Sistema Único de Saúde no município de Londrina, Paraná, Brasil, entre janeiro e junho de 2017. Constituíram fonte de dados os prontuários hospitalares. As seguintes intervenções obstétricas foram consideradas: uso de ocitocina, rotura artificial das membranas, parto instrumental e realização de episiotomia. Para análise dos fatores associados utilizou-se a regressão multivariada de Poisson, sendo significativo p<5%. Resultados: a prevalência de intervenção obstétrica foi de 55,5%, o número máximo de intervenções em uma mesma parturiente foi três. As intervenções mais frequentes foram o uso de ocitocina (50,0%) e a rotura artificial das membranas (29,7%). As variáveis doença materna associada (p=0,005) e mecônio intraparto (p=0,022) aumentaram, de maneira independente, o risco de intervenção obstétrica, enquanto que a dilatação igual ou superior a 5 cm na internação constituiu fator de proteção a esse desfecho (p= 0,030). Conclusão: a prevalência de intervenções obstétricas foi elevada. Na vigência de doença materna e de mecônio intraparto, especial atenção deve ser dedicada à parturiente, para que sejam evitadas intervenções desnecessárias, assim as maternidades precisam rever seus protocolos, buscando as boas práticas de atenção ao parto.

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