O make up do trabalho : uma empresa e um milhão de revendedoras de cosméticos / Labour make up : a cosmetic company and the work of one million saleswomen
AUTOR(ES)
Ludmila Costhek Abilio
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011
RESUMO
Analisa-se o trabalho de revendedoras de cosméticos de uma empresa brasileira. Discute-se a ausência de formas-trabalho dessa ocupação. A centralidade do trabalho para a acumulação capitalista na atualidade estrutura toda a análise. No primeiro capítulo, são apresentados resultados da pesquisa de campo, por meio da caracterização de tipos sociais, associando-se o perfil socioeconômico e a trajetória ocupacional de algumas revendedoras à sua relação com as vendas. Também são examinados aspectos da produção e distribuição da empresa. No segundo capítulo, atualiza-se a discussão do trabalho informal no contexto das políticas neoliberais e das reconfigurações das relações de trabalho nas últimas décadas, assim como do regime de dominância da valorização financeira (Chesnais, 2005). São abordados o Sistema de Vendas Diretas e o trabalho feminino nesse contexto. O terceiro capítulo trata da relação entre a marca e o trabalho das revendedoras. Parte-se da marca como o que hoje torna reconhecível o movimento do capital portador de juros (Marx, 1988) e sua relação com as formas contemporâneas de exploração do trabalho. É aprofundada a análise da relação entre dominância da valorização financeira e precarização do trabalho. No quarto capítulo, essas formas são estudadas mais profundamente; aborda-se a relação entre inovações tecnológicas, trabalho informal e trabalho precarizado. Discute-se também a extensão de uma perda de formas do trabalho que é transferida para a esfera do consumo, examinando-se a imbricação entre trabalho e consumo na atividade das revendedoras, dentre outras atividades. O último capítulo enfoca a subsunção contemporânea do trabalho. São elementos centrais da análise: as indistinções contemporâneas entre tempo de trabalho e de não-trabalho; as formas atuais de envolvimento subjetivo do trabalhador; uma crítica a teorias do trabalho imaterial, especialmente à de André Gorz (2005); a permanência da teoria do valor para a compreensão da exploração do trabalho. Chega-se então à discussão final sobre a centralidade do trabalho no contemporâneo, esmiuçando-se a relação entre o trabalho das revendedoras e a acumulação da empresa.
ASSUNTO(S)
trabalho - aspectos sociologicos capital (economia) neoliberalismo vendedores ambulantes labor capital (economy) neoliberalism hucksters
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=000795542Documentos Relacionados
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