O jogo das escolhas eleitorais: entrada estratégica dos partidos políticos nas eleições majoritárias estaduais sob a regra da verticalização das coligações eleitorais

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

29/06/2012

RESUMO

Ao transformar a competição na arena presidencial de um jogo de negociação com prêmios variáveis e contextualizados em um jogo de racionalidade invariante e equilíbrio dominante, da forma como fez o TSE, elevou os custos de coordenação eleitoral em bases nacional. Isso explica, em grande medida, porque a verticalização não logrou coordenar eficientemente as estratégias eleitorais dos partidos. Contrariamente a isso, observou-se uma inflexão regional nas estratégias de entradas dos partidos nas eleições disciplinadas pela regra. O exemplo mais claro disso ocorreu em 2006, quando os partidos se retiraram quase por completo da arena nacional e preferiram maximizarem suas escolhas nas eleições majoritárias estaduais. Desse modo, a existência de um mercado nacional de entradas, representado pelas eleições presidenciais, deixa de ser um forte incentivo coletivo para os partidos racionalizarem suas escolhas, maximizando ganhos e minimizando perdas e, desse modo, coordenando suas estratégias de competição nos distritos eleitorais. Isso ocorre porque os custos para os partidos negociarem acordos de abrangência nacional de retiradas recíprocas, evitando as entradas duplas em equilíbrio, são elevados de tal forma que mesmo os partidos com condições de competir na arena presidencial têm dificuldades de enfrentálos. Assim, contrariamente ao suposto pelo TSE, maior eficiência na coordenação das estratégias eleitorais nas arenas estaduais foi observado nas eleições de 1998, quando a dinâmica eleitoral se caracterizava, porque não existia a regra da verticalização, por um jogo de negociação sem equilíbrio dominante em que os partidos puderam realizar amplas coligações presidenciais, permitindo dar suporte aos competidores na arena nacional ao mesmo tempo em que podiam racionalizar suas escolhas contextualmente

ASSUNTO(S)

coligações eleitorais sistema partidário brasileiro eleições presidenciais brasileiras electoral colitions presidential election in brazil coordenação eleitoral electoral coordination brazilian party system ciencias sociais aplicadas

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