O impacto da migração na saúde mental das mulheres no pós-parto

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

27/06/2016

RESUMO

RESUMO OBJETIVO Avaliar a influência da imigração na saúde psicológica da mulher após o parto. MÉTODOS Neste estudo transversal, mulheres imigrantes e portuguesas com partos nos quatro hospitais públicos da região metropolitana de Porto, Portugal, foram contatadas por telefone entre fevereiro e dezembro de 2012, durante o primeiro mês pós-parto, para agendar uma visita domiciliar e preencher um questionário. A maioria das mães imigrantes (76,1%) e das mães portuguesas (80,0%) aceitou participar e aceder a visitas domiciliares, totalizando 89 imigrantes e 188 mulheres portuguesas incluídas no estudo. O questionário incluiu a aplicação de quatro escalas validadas: Inventário de Saúde Mental-5, Escala de Depressão Pós-parto de Edimburgo, Escala de Stress Percebido e Escala de Satisfação com o Suporte Social. As análises estatísticas incluíram os testes t-student, Qui-quadrado ou teste de Fisher e o cálculo de modelos de regressão logística. RESULTADOS As imigrantes tiveram risco aumentado de depressão pós-parto (OR 6,444; IC95% 1,858–22,344) e de baixa satisfação com o suporte social (OR = 6,118; IC95% 1,991–18,798). Não houve associação entre migração, stress percebido e saúde mental empobrecida. CONCLUSÕES Mães imigrantes apresentam vulnerabilidades aumentadas no período pós-parto, aumentando o risco de depressão pós-parto e havendo menor satisfação com o apoio social recebido.

ASSUNTO(S)

migrantes gestantes depressão pós-parto estresse psicológico acontecimentos que mudam a vida saúde mental estudos transversais

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