O ganho de força e flexibilidade em um paciente com síndrome pós-poliomielite após um treinamento de seis meses : um estudo de caso

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

A Síndrome Pós-Poliomielite (SPP) é uma desordem do sistema nervoso que se manifesta em indivíduos que tiveram poliomielite, após, em média, 15 anos ou mais, gerando uma série de problemas neuro-motores. Programas de exercícios físicos direcionados para esse grupo ainda provocam controvérsias. O único consenso está relacionado à intensidade, frequência e duração das atividades físicas. Com o objetivo de esclarecer a possibilidade de um indivíduo com SPP, com sequelas em membro inferior, obter um ganho de força muscular de membro inferior direito e flexibilidade após uma aplicação de atividades físicas específicas por seis meses, foi feita esta pesquisa. A amostra é composta por 1 pessoa, do sexo masculino, portador de SPP desde os seus 6 anos, com 57 anos de idade que pratica Jogging Aquático na Escola de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (EsEF/UFRGS) duas vezes por semana e realiza aulas personalizadas de Alongamento e Ginástica Localizada uma vez por semana, também, ministradas na Escola de Educação Física em uma sala de atividades múltiplas. Trata-se de uma pesquisa de cunho quantitativo com características de um estudo de caso, aonde, através das aulas com pré e pós teste antes e após o trabalho ser ministrado, será possível coletar dados sobre o desenvolvimento da força e flexibilidade. Para a realização da pesquisa foi utilizado o Flexiteste proposto por Pavel e Araújo (1980) e adaptado por Farinatti & Monteiro (1992) para mensurar o nível de flexibilidade. Já, para a mensuração da força, foi realizado o teste de uma repetição máxima (1RM) em extensão de joelho unilateral direito. Esses testes foram realizados uma vez ao mês durante o período de seis meses. Após o término dos testes foi possível verificar que o avaliado iniciou as atividades com um nível de flexibilidade médio negativo e após os seis meses progrediu para o nível de flexibilidade grande. Quanto ao trabalho de força, o avaliado aumentou 100% a resposta ao teste de 1RM em extensão de joelho unilateral direita. Concluindo-se que é possível, sim, uma pessoa portadora de SSP aumentar sua flexibilidade e força em membros com sequelas da doença. Lembrando, que além de todas essas respostas positivas tivemos a melhora na qualidade de vida e auto-estima do avaliado.

ASSUNTO(S)

post-poliomyelitis syndrome força flexibilidade strength flexibility

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