“O Fuzzil aqui não mata, recita poesia”: processos de identificação a partir da poesia de Fuzzil
AUTOR(ES)
Santos, Elisabete Figueroa dos
FONTE
Fractal, Rev. Psicol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2020-12
RESUMO
Resumo Este artigo teve por objetivo analisar a literatura do poeta Fuzzil, de modo a identificar em seus textos representações acerca de seus momentos identitários. Para tanto, analisamos trechos de suas três obras, “Um presente para o gueto” (2007), “Caturra” (2012) e “Céu de Agosto” (2013), bem como uma entrevista com o autor. Verificou-se que à medida que o poeta é interpelado pelas artimanhas poéticas e negras de recitais periféricos e de autores e versadores negros, é também convocado a explorar possibilidades para suas articulações enquanto escritor e versador antes apenas timidamente tangenciadas. Constata-se, assim, em Fuzzil, a transformação de realidades massacrantes em poesia, por meio de novos significados, como formas ativas de localizar-se como produtor de si, de localizar-se como sujeito e de subverter a posição de invisibilidade pública e política - e, por que não, poética? - socialmente imposta aos seus antecessores e a muitos pares de sua época.
Documentos Relacionados
- Identificação de áreas adequadas para a construção de aterros sanitários e usinas de triagem e compostagem na mesorregião da Zona da Mata, Minas Gerais
- Migração e esquistossomose urbana. O caso de São Lourenço da Mata, Nordeste do Brasil
- Complicando o monitoramento da osteoporose: mas não aqui
- Ascaris suum em suínos da Zona da Mata, Estado de Minas Gerais, Brasil
- “O tempo é a minha testemunha”: só as pedras estavam aqui, todo o resto é imigrante