O fluxo perene da literatura de cordel: coincidências “virtuosas” entre Mário de Andrade e os poetas nordestinos

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Inst. Estud. Bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

10/06/2019

RESUMO

RESUMO Aproximar Mário de Andrade e os poetas da literatura de cordel pode parecer inusitado, mas se justifica pelo “descobrimento” dessa poética e suas andanças pelo Nordeste, em meados dos anos 1920, e pela adesão à causa popular expressa no alentado projeto de pesquisa Na Pancada do Ganzá, que reuniria toda a produção do folclore nacional, mas que não passou de um importante Prefácio. Foi esse o ponto de partida do ensaio em que dialogam interlocutores diversos - alguns virtuais à sua obra - como forma de mostrar o aval de Mário em relação não só à literatura clássica nordestina, mas à cultura popular como um todo.ABSTRACT Brazilian northeastern poetry, as popularly known as “Cordel”, was overshadowed at the time due to criticism that “popular culture” was deemed of inferior quality. Yet, Mário de Andrade was an unconditional admirer and the genre is present throughout all his body of work (specially in “Na Pancada do Ganzá”). My research shows how refined the style actually was and how it created a sense of unity, mirroring the millenarian therapeutic effect that poetry can awake on. Cordel sparks interest in new readers/listeners, allowing to be constantly transmitted and embedded in some sort of a perennial flow, perpetuating itself as I prefer to believe. Therefore, one can understand why the “rhapsode” Mário de Andrade highly praised the genre and was spellbound by it.

Documentos Relacionados