O diálogo entre a psicanálise e a neurociência: o que diz a filosofia da mente?
AUTOR(ES)
Cheniaux, Elie, Lyra, Carlos Eduardo de Sousa
FONTE
Trends Psychiatry Psychother.
DATA DE PUBLICAÇÃO
21/11/2014
RESUMO
Objetivo: Apresentar uma breve revisão sobre como as principais correntes da filosofia da mente, monistas e dualistas, se posicionam sobre a questão mente-corpo e relacioná-las com os argumentos favoráveis e contrários a um diálogo mais estreito entre a psicanálise e a neurociência.Métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica de estudos nas áreas de psicologia, psicanálise, neurociência e filosofia da mente.Resultados: São incompatíveis com um diálogo entre psicanálise e neurociência: o interacionismo e o paralelismo psicofísico, por negligenciarem os conhecimentos sobre o cérebro; o epifenomenalismo, por considerar a mente como um mero efeito colateral da atividade cerebral; assim como o behaviorismo analítico, o materialismo eliminativo, o materialismo redutivo e o funcionalismo, por ignorarem as vivências subjetivas. Diferentemente, o emergentismo considera que os estados mentais dependem dos estados cerebrais, mas apresentam propriedades que vão além do âmbito da neurobiologia.Conclusões: Somente o emergentismo é compatível com uma maior aproximação entre essas duas áreas do conhecimento.
ASSUNTO(S)
filosofia da mente problema mente-corpo psicanálise neurociência