O desafio para o diagnóstico da odontalgia atípica. Relato de caso

AUTOR(ES)
FONTE

BrJP

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-03

RESUMO

RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A odontalgia atípica caracteriza-se por dor contínua que persiste por mais de três meses em um ou mais dentes ou no alvéolo após extração, sem causas dentárias e neurológicas aparentes, com alívio transitório, e piora da dor dentro de poucos dias ou até semanas, em pacientes com amplo tratamento odontológico. A dificuldade para o diagnóstico pode levar a procedimentos odontológicos desnecessários e mutiladores, com piora e/ou cronificação da dor. Este artigo tem como objetivo relatar um caso de difícil diagnóstico de odontalgia atípica em paciente submetida a extenso tratamento odontológico. RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 57 anos, apresentava queixa de dor lancinante em região maxilar direita cuja origem não identificava. Após retratamento endodôntico dos dentes 14 e 16, houve piora da dor sugerindo pericementite traumática ou reação a fármaco intracanal. Como a dor não melhorou foi realizada uma pulpectomia no dente 13. Entretanto, a dor aumentou e após tomografia computadorizada volumétrica foi realizada cirurgia parendodôntica, porém a dor irradiou para fundo do olho direito e região maxilar. A ausência de alterações neurológicas, oftalmológicas e otorrinolaringológicas permitiram diagnosticar a odontalgia atípica. CONCLUSÃO: O diagnóstico é difícil, sendo recomendada a abordagem multidisciplinar, valorizar a queixa do paciente e, em casos de dúvida, evitar quaisquer procedimentos para não piorar e cronificar a dor.

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